Cultura

COLEÇÃO BI-CENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA É LANÇADA NO IGHB PELA ALBA

Evento acontece nesta quarta, 17h
Tasso Franco , Salvador | 22/11/2023 às 00:15
Coleção BiCentenário da Independência
Foto: ALBA
  A Coleção Bicentenário do 2 de Julho reúne, nos sete volumes, uma série de artigos, documentos, biografias, conferências e pesquisas – alguns raros e inéditos em livros – e que de mais relevante e expressivo tem sido publicado a respeito da guerra travada na Bahia para assegurar a Independência, conforme explica o texto de apresentação do projeto, assinado pelo deputado Adolfo Menezes e Joaci Fonseca de Góes, presidentes da ALBA e do IGHB, respectivamente.

“Enfeixamos, nas sete publicações que compõem esta coleção, trabalhos que apresentam colaborações diversas, feitas em épocas distintas por grandes nomes de nossa historiografia”, observam os presidentes das duas instituições. Com algumas exceções, os autores desses textos estiveram ligados de alguma forma ao IGHB em seus 129 anos de existência.

Segundo o jornalista Sérgio Mattos, diretor de publicações do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, o conteúdo reunido na coleção “preserva a memória histórica e coletiva e nos transmite o verdadeiro sentido de identidade de nosso povo, mantendo vivas as nossas tradições”.

Integram a coleção os livros “Cartas de Dom Pedro (Príncipe Regente do Brasil) a Seu Pai D. João VI (1821-1822)”, “A Obra da Bahia na Independência Nacional”, “A Batalha de Pirajá”, “A Bahia nas Cortes de Lisboa”, “Recordações Patrióticas”, “As Façanhas de João de Botas”, “Aspectos do 2 de Julho”, “Ensaio Histórico Sobre a Independência” e “Casa da Bahia”.

“Com esse patriótico esforço da ALBA e do IGHB esperamos todos que tenham havido o resgate de, pelo menos, uma parte do imensurável tributo que devemos aos nossos antepassados e também aos que, posteriormente, dedicaram as luzes de suas inteligências ao estudo e à pesquisa sobre o 2 de Julho, componente essencial da rica história da Bahia”, pontua o texto de apresentação da coleção.

Entre os sete volumes da coleção, o membro da Diretoria do IGHB, José Nilton Carvalho Pereira, destaca o livro “Recordações Patrióticas”, de Antônio Rebouças (Vol. 5). “Sem este livro de memórias ficariam pálidos os escassos documentos e relatos presenciais do chão das praças e ruas nos momentos ensanguentados dos acontecimentos. Testemunha ímpar dos principais fatos ocorridos em Salvador e no Recôncavo entre 1822/23, Rebouças os narra com precisão e realismo”, observou Pereira.

Já “As Façanhas de João das botas” são contadas por Lucas Alexandre Boiteux, considerado o maior historiador naval brasileiro e editado pela primeira vez em 1933. “Espero, sem lisonja, abrir hoje uma pequena exceção, pedindo vênia os nossos famosos polígrafos para apresentar-lhes essa lídima figura de Marinheiro que, ao lado de Lord Cochrane e de Pedro Nunes (…) muito concorreu para a Independência nacional, a integridade e grandeza de nossa cara e formosa Pátria”, escreveu Boiteux ao introduzir a biografia.

Outro destaque da coleção Bicentenário do 2 de Julho é a “A Obra da Bahia na Independência Nacional”, uma coletânea de textos publicada em 1923, que reúne de Braz do Amaral (também coordenador), de Bernardinho de Souza e Wanderley de Pinho. Eles ressaltam o papel relevante que as então vilas de cachoeira, santo Amaro e São Francisco do Conde tiveram na Guerra da Independência.

Memória e Política

Lançado junto com a coleção, o livro “Escritos Sobre o 2 de Julho: Memória e Política” apresenta um panorama da Bahia entre o final do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX, as batalhas pela Independência e os debates sobre nação, liberdade e cidadania. Na apresentação da obra, Adolfo Menezes lembrou que o transcurso do Bicentenário da Independência foi objeto de palestras e debates no Legislativo.

O presidente da ALBA observou também que o Departamento de Pesquisa e a Coordenação do Memorial do Legislativo realizaram extenso trabalho em busca de documentos históricos em arquivos e bibliotecas a respeito do 2 de Julho e dos anos iniciais do Império. “Esta pesquisa propiciou acesso a uma rica iconografia – que envolve mapas raros da Baía de Todos-os-Santos e da