Turismo

CORONAVÍRUS INTERROMPE ONDA DE TURISTAS CHINESES NO VELHO MUNDO

Milhões de chineses estão viajando para a Europa após ascensão social e o coronavirus brecou essa onda
Tasso Franco , da redação em Salvador | 30/01/2020 às 08:03
Grupo de chineses no Mosteiro dos Jerónimos, em Liksboa
Foto: BJÁ
   Os chineses estão por todos os países da Europa em turismo especialmente a França, Espanha e Portugal. É a nova onda asiática de turistas no Velho Mundo depois dos coreanos do Sul e dos japoneses interrompida momentaneamente pelo coronavírus que ataca a região central da Chinha, Wuhan e outras localidades, mas já atingiu 12 países, provocou a morte de mais de 100 pessoas e assusta o mundo.

   Recentemente estive na Espanha (Valencia) e Portugal (Lisboa) e presenciei essa onda de turistas chineses nestas duas cidades, centenas deles em grupos, o que tem sido de agrado dos trades porque são bem comportados, consumidores de produtos europeus e milhões que são uma vez que qualquer movimento de ascensão social na China resulta na elevação de renda de 200 a 300 milhões de pessoas de uma só vez e isso corresponde as populações do Brasil e dos EUA, respectivamente.

  Então, são milhões de chineses que agora procuram viajar para a Europa e não somente para a própria China e para a Ásia, Tailandia, Coreia do Sul, Japão, etc, e movimentam ainda mais o agitado turismo europeu. 

   A Espanha recebeu, em 2019, 80 milhões de turistas estrangeiros, muitos deles da China. E estão difundindo entre os chineses o gosto de saborear vinhos espanhóis abrindo um vasto mercado naquele país. Nos free-shops dos aeroportos a gente vê os chineses ávidos na comprar desses produtos como regalo.

   O coronavirus, no entanto, deu um breque nessa onda e quem já está na Europa vai voltar para a China enfrentando essa nova realidade. E, quem desejava viajar para a Europa vai ter que esperar passar a epidemia do coronavirus. Enquanto isso, os prejuizos são enormes na China (até Pequim está praticamente paralisada) e também para o turismo europeu que apostava (e ainda aposta) muito nos turistas chineses.

   O turismo no Brasil não sofre com isso porque não há grupos de chineses visitando o Brasil, salvo algumas agência oferecendo viagens. (TF)