Os prognósticos negativos para o pós-carnaval se confirmam. O fechamento do Centro de Convenções, sem data para reabrir, não ajuda a reverter o quadro
SB , Salvador |
05/04/2016 às 17:43
Hotel do Convento do Carmo no centro histórico de Salvador
Foto: BJÁ
Com a chegada da baixa estação, a rede hoteleira de Salvador apresentou em março taxa de ocupação de 49,94% e diária média de R$ 242,75, resultando em um Revpar (indicador ponderado de desempenho) de 121,23.
Nem o feriado da Páscoa – período com 42,8% de ocupação e R$ 254,79 de diária média - ajudou a reverter esse resultado. Comparando-se com o desempenho do mesmo período do ano anterior, verifica-se piora na taxa de ocupação, que passou de 55,65% em março de 2015 para 49,94% em março de 2016; e melhora na diária média, que teve acréscimo de 9,5% (passando de R$ 221,7 em março de 2015 para R$ 242,75 em março de 2016), resultado, no entanto, inferior à inflação do período, estimada em cerca de 10%. Os números são resultado da Pesquisa Conjuntural de desempenho (Taxinfo), realizada em parceria entre a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – seções Bahia e Brasil.
“A sazonalidade do turismo atingiu em cheio a rede hoteleira, que nesta época costumava compensar a diminuição das viagens de lazer pelas de congressos e feiras. Com a inauguração de novos centros de convenções em outras capitais do Nordeste e o fechamento do nosso, sem previsão de reabertura, o turismo de feiras e congressos mudou de endereço. Até o momento 12 hotéis fecharam em Salvador; mas há outros seguindo o mesmo caminho, com lamentáveis consequências sobre o emprego e renda da cidade”, pondera Glicério Lemos, presidente da ABIH-BA.
As informações sobre o movimento de passageiros no aeroporto da capital confirmam a queda na atividade, tendo registrado no primeiro bimestre deste ano 9,4% menos passageiros do que no
mesmo período de 2015.
Dos quatro polos hoteleiros da cidade coube ao tradicional da Barra-Rio Vermelho o melhor desempenho, seguido pelos hotéis do Centro-Pelourinho e Itapuã-Stella Maris. O polo de hotéis do Stiep-Pituba – voltado para o turismo de negócios – apresentou o pior resultado.