Turismo

ARTE nas ruas faz parte da atividade turística das cidades na Alemanha

Cada pessoa pode dar a interpretação que quiser da arte visual nas ruas
Tasso Franco , da redação em Salvador | 27/10/2015 às 11:15
Expo nas ruas para atender a comunidade local e os turistas, em Frankfurt
Foto: BJÁ
  As artes visuais - erudita e popular - nas ruas, assim como a cultura de uma forma geral, são apreciadas e valorizadas com intensidade na Alemanha, tanto pelos nativos; quanto pelos turistas. Fazem parte da vida das cidades e se associam às atividades turística. A cultura com essa função - de promover o turismo, movimentar a economia - gera emprego e renda, vitaliza a criatividade dos artistas e suas inquietudes. E, são atrativos à parte.

   Tive a oportunidade, recentemente, de assistir e participar de uma Expo do Ottmar Höll, o polêmico artista visual alemão, numa praça de Frankfurt. Brindava o público com um ícone da cultura popular da Alemanha soviética, o boneco do chapéu verde dos semáforos de Berlim - o Ampelmann ou Ampelmännchen - como também é conhecido, criado nos anos 1960. 

   Os bonecos do semáforo para pedestres, verdes e vermelhos, são 'homenzinhos rechonchudos de chapéu' que conquistaram as populações locais e turistas no mundo todo.

   Criado na Alemanha Oriental em 1961 pelo psicólogo para o trânsito Karl Peglau, foi instituído nas ruas do leste de Berlim em 1969. Segundo Peglau, falecido em 2008, pictogramas abstratos não eram a melhor maneira para chamar a atenção de crianças e idosos para o trânsito.

   E o que desejava Ottmar Höll com esses bonecos verde (sinal de liberdade, de seguir em frente) numa praça de Frankfurt? 

   Claro que a interpretação artística fica por conta de cada pessoa. O autor da obra não limita pensamentos nem estabelece diretrizes.

   Presos a uma enorme estrutura de madeira com pequenos losangulos os bonequinhos encantavam a todos. 

   Poderiam ser vistos como uma brincadeira - algumas crianças se divertiam andando entre eles; uma meditação - há aqueles que ficam contemplando-os com o olhar no horizonte; o símbolo de uma época - do comunismo soviético; lembranças, lembranças, reflexões, sinais. 

   Cada pessoa dava sua interpretação.

   Ao lado havia uma tenda onde se encontrava Höll interagindo com as pessoas e vendendo suas peças de arte. Disse-nos de sua alegria em expor em praças públicas e deixar de cada pessoa interpretasse sua obra como quizesse.

   O QUE É O BONEQUINHO

   No Wikipédia há mais informações: Os primeiros esboços da figura do semáforo para pedestres apresentavam dedos e boca. Mas esses detalhes foram mais tarde deixados de lado. A ideia de colocar um chapéu no homenzinho foi da secretária de Peglau, segundo a viúva Hildegard Peglau.

   "A dúvida do meu marido era quanto ao cabelo do boneco. Foi então que a secretária teve a ideia do chapéu. No primeiro momento meu marido hesitou, porque ninguém na Alemanha Oriental usava chapéu". Por fim, o acessório foi integrado ao desenho. Elemento que inclusive permite que passe mais luz através do boneco.

   Com a reunificação da Alemanha, em 1989, o homenzinho do semáforo do leste de Berlim corria o risco de desaparecer para sempre. Autoridades tentaram unificar os sinais de trânsito em todo o país.
Mas nem todo mundo era a favor desta mudança. Para o designer Markus Heckhausen era "uma pena eliminarem um símbolo tão divertido como este, que com a reunificação da Alemanha finalmente havia se tornado visível para todos."

   Markus Heckhausen transformou o boneco em souvenir 'cool' para turistas

   Cidadãos e também políticos começaram a se engajar para salvar o símbolo. Em 1997 veio a grande surpresa: os Estados alemães do leste adotaram de novo o 'homenzinho rechonchudo de chapéu'. E desta vez ele foi também aceito no oeste de Berlim.

   Para o professor de Design Fons Hickmann, o boneco do semáforo é famoso mais pela originalidade do que pela figura em si. "O desenho não é totalmente proporcional. Mas essa imperfeição resulta em simpatia e faz com que ele não seja tão frio e rígido", diz Hickmann.

Até hoje, quando um sinal de trânsito comum para pedestres em Berlim quebra, ele é substituído por um   com o Ampelmann. A intenção agora é ter o homenzinho de chapéu em todas as ruas da capital alemã onde um semáforo for necessário.

  QUEM É OTTMAR HÖRL

   Ottmar Hörl estudou 1975-1979 na Academia de Belas Artes Städelschule em Frankfurt am Main, em seguida, por meio de uma bolsa de estudos de Studienstiftung 1979-1981 na Academia de Belas Artes de Dusseldorf com Klaus Rinke.

    Em 1985 ele fundou os arquitetos Gabriela Seifert e Götz G. Stockmann o grupo Fomalhaut. 1988 suas obras foram no atuador 2, a segunda grande exposição da galeria Vorsetzen mostrado. No início de 1990 foi Hörl professor visitante da TU Graz. Em 1997 ele recebeu o BELAS ARTES COLOGNE Prize. Desde 1999 ele tem sido um professor de Belas Artes na Academia de Belas Artes, Nuremberg realizada desde outubro de 2005, ele é presidente da Academia. Suas obras são encontradas em muitas coleções e espaços públicos no país e no exterior.

  Hörl em causa em suas obras com as estéticas de todos os dias de cultura. Ele define a escultura como um princípio organizador e descobriu este princípio no seu ambiente em que muitos artigos diários padronizados e normalizados.

   Para marcar o 350º aniversário da Academia de Belas Artes de Nuremberg em Julho de 2012. Hörl foi uma honra especial por seus alunos recebidas: 350 Figurines Hörl com dois coelhos, em alusão à sua obra mais famosa, a "grande pedaço de Hare", estavam entre os lema "350 Presidente da Academia" feito e instalado. [2]

   Ottmar Hörl vive e trabalha 
   em Nuremberg e Wertheim.

   Em julho de 2009, o escritório do promotor em Nuremberg iniciado contra investigação Hörl para uso de símbolos de organizações inconstitucionais a. A ocasião foi uma denúncia anônima contra Hörl e o operador de uma Galeria de Nuremberg, em um gnomo de jardim dourado Hörl foi emitido, a mão direita para a saudação de Hitler levantou. Si Hörl entende o anão, dos quais existem cerca de 700 cópias, como uma "paródia da corrida mestre dos nazistas". 

   Em todas as exposições anteriores, os anões havia de fato sido ocasião para a discussão, mas ele mesmo nunca foi fazendo se mudou para a vizinhança da ideologia nazista. Mesmo a comunidade judaica em Ghent, onde os anões foram emitidos pela primeira vez, tinha mostrado impressionado com o trabalho. A investigação foi definir alguns dias após o anúncio. 

   Em outubro de 2009, ele mostrou uma instalação de 1.200 gnomos de jardim com Hitler saudação em Straubing - convidados e apoiados pelo capítulo local SPD. O vice-presidente do Comitê Internacional Dachau Max Mannheimer comentou, esta forma de lidar com o passado em um lugar público estava completamente fora de lugar. Qualquer tentativa de banalizar o nazismo, mesmo sob o pretexto de liberdade artística, é impensado e irresponsável.

*** Com informações adicionais do Wikipédia