A entrada custa apenas R$15,00 por adulto e R$7,50 criança e idosos
Tasso Franco , da redação em Salvador |
12/06/2015 às 09:41
Visão interna do Farol da Barra com equipamento importado da Europa no século XIX
Foto: BJÁ
A dica turística da semana vai para o Museu Náutico da Bahia instalado no Forte de Santo Antonio da Barra, em Salvador, também conhecido como Forte do Farol da Barra. O monumento fica instalado na 'Ponta do Caramuru' e divisa a entrada da Baía de Todos os Santos. Do outro lado na grande boca da baía situa-se a Ponta do Garcez, na Ilha de Itaparica.
É muita história. Todas as embarcações desde a época da colonização portuguesa até os dias atuais deixam o mar aberto, o Atlântico, para ingressarem na baía por essa 'boca'. E o Farol é um sinalizador para as embarcações. Em tempos idos, era um forte armado com canhões para impedir que naus inimigas - francesas, holandesas, espanholas, piratas - adentrassem na baía e tomassem de assalto Salvador.
A história do Museu Náutico da Bahia tem início em 1975 quando a Marinha do Brasil instalou, no Forte de Santo Antônio da Barra, o Museu de Nossa Senhora da Graça, que ressaltava os aspectos técnicos da hidrografia.
Anos mais tarde, o acervo foi ampliado e a novidade atual é a permissão ao visitante de subir à torre para conhecer o Farol da Barra (até as 18h), contemplar a vista e, também, aproveitar o final de tarde no Café do Museu, apreciando o pôr-do-sol.
Logo na entrada da fortaleza, o visitante depara-se com o Brasão Imperial, ainda da época de Dom Pedro II, mantido no mesmo lugar, mesmo após o advento da República (1889).
A construção é cercada por cinco guaritas e grossas muralhas, que foram preenchidas com areia e cascalho para resguardar a edificação de possíveis tiros de embarcações inimigas.
Durante as obras de restauração, partes das paredes (de pedra e cal) e do piso (de argento) foram descascadas e voltaram à sua forma original; agora ajudam o visitante a compreender como eram as construções da época.
O acervo do museu foi ampliado e ganhou novas relíquias arqueológicas da navegação brasileira. Lá, existem peças únicas do século XVII, resgatadas do Galeão Santíssimo Sacramento, naufragado na costa da cidade, em 1668.
Além de canhões de bronze e ferro fundido na área externa, uma sala especial foi aberta apenas para a exposição de peças recuperadas em uma expedição científica, em 1976, conduzida pela Marinha do Brasil, com o apoio do Ministério da Educação e da Petrobras.
O visitante pode desfrutar ainda das salas: Baía de Todos-os- Santos, criada para informar sobre características do sítio, com detalhes da parte física da baía; Instrumentos Náuticos, onde se encontram vários modelos de instrumentos, das mais diversas épocas;
Miniaturas, para as obras doadas pelo artesão baiano Maneca Brandão, com modelos de embarcações; e a de Cartografia, onde são apresentados modelos originais portugueses, franceses e holandeses de cartas náuticas da Baía de Todos-os- Santos, desde o século XVI .
O Museu Náutico da Bahia, no Forte de Santo Antônio da Barra, horário de funcionamento das 8h30 às 19h. Até às 18h para visitação à torre. Ingresso custa R$15,00 e meia (e idosos) R$7,50.
GALEÃO SACRAMENTO
O naufrágio do galeão português Santíssimo Sacramento, capitânia da frota da Companhia Geral de Comércio do Brasil, é um dos principais temas do Museu.
Na noite de 5 de maio de 1668, o galeão, com cerca de 500 toneladas, naufragou após chocar-se com um banco de areia, próximo a Barra. Morreram mais de 400 pessoas e sua valiosa carga afundou junto com a embarcação.
O alarme do naufrágio ocorreu com um tiro de canhão do Forte da Barra, conforme o protocolo da época.
Em Em 1976, organizou-se uma expedição para resgatar parte da carga e equipamentos do galeão. Parte desse acervo está exposto no Museu. Outra parte continua no sítio arqueológico submarino do Galeão Sacramento.