A Arena Arromba Chão, na Praça Municipal, vai receber o IV Festival de Quadrilhas Juninas de Salvador, que inicia nesta sexta-feira (13). Promovido pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) e da Fundação Gregório de Mattos (FGM), o evento terá a apresentação de oito grupos tradicionais também no sábado (14) e no próximo dia 18.

A exibição dos espetáculos juninos integra a programação do Arraiá da Prefs 2025 e tem o intuito de valorizar e dar visibilidade aos coletivos de quadrilhas de Salvador e, ao mesmo tempo, oferecer grandes apresentações ao público que participa da festa. As apresentações resgatam os tradicionais ritmos juninos, como xote, baião, marcha e xaxado, além de trazer beleza, humor e irreverência com a encenação do “casamento na roça”.

As oito quadrilhas se dividem em três grupos infantis – Germe da Era, Forró do Luar e Flor de Chita – e cinco adultos: Forró Asa Branca, Forró Mandacaru, Imperatriz do Forró, Forró do ABC e Capelinha do Forró. Para o presidente da FGM, Fernando Guerreiro, o movimento das quadrilhas juninas é um grande patrimônio cultural da Bahia, do Nordeste e da cidade de Salvador.

“É um trabalho impecável que mobiliza toda uma comunidade, envolve vários profissionais e o resultado de uma competência e de um profissionalismo impressionante. Trazer as quadrilhas de volta para a Praça Municipal é recolocada no lugar que elas merecem, no centro da cidade, no lugar onde praticamente a cidade começou e onde elas merecem estar sempre. Então, o apoio à quadrilha junina é um compromisso da gestão pública municipal”, frisa.

Fortalecimento da tradição – Na opinião do diretor geral da quadrilha Asa Branca, Alexandre Marcus Chaves, 51 anos, as apresentações dos grupos na Praça Municipal, bem no coração da cidade, fortalecem a vertente cultural junina. “Se fazer presente no Centro Histórico é revitalizar o movimento junino na cidade de Salvador. Todos sabem que, ao longo dos anos, as quadrilhas juninas de Salvador influenciaram todo o segmento de quadrilhas do Nordeste, fazendo-o crescer e se transformar. Atualmente, tornou-se um dos mais fortes movimentos culturais do país”, explica.

A idealizadora, coordenadora do Fórum Permanente de Quadrilhas Juninas e produtora da Arena Arromba Chão, Soiane Gomes, 47 anos, explica que as quadrilhas juninas de Salvador ganharam destaque desde a década de 1970, com a realização dos arraiás nos bairros. “O movimento surgiu mobilizando toda a comunidade, promovendo a manutenção da cultura junina, agregando crianças, jovens, adultos e idosos, fomentando a economia da cidade e contribuindo para o bem-estar social da população”, relembra.

Ela afirma que o segmento está bastante satisfeito com a realização do festival no Centro Histórico. “Tem sido muito importante o espaço e o reconhecimento que o poder público tem dado às quadrilhas juninas, incentivando o retorno de grupos inativos e o surgimento de novas quadrilhas”, comenta.

Presidenta da quadrilha Mirim Germe da Era, Ubaldina Gonzaga, 64 anos, reforça que a realização do IV Festival de Quadrilhas Juninas de Salvador na Praça Municipal contribui para o fortalecimento da cultura junina e da economia criativa na capital baiana. “É uma herança nordestina muito rica, que abrange todas as etnias, os jovens, os idosos, as crianças, e ainda contribui para o fortalecimento da economia criativa, levando rentabilidade às costureiras, artesãos, sapateiros, chapeleiros, cenógrafos, músicos, coreógrafos e demais serviços do campo da cultura”, finaliza.

 

Confira a programação:

Dia 13 (sexta-feira), das 21h às 22h:

- Mirim Germe da Era

- Imperatriz do Forró

 

Dia 14 (sábado), das 21h às 22h:

- Mirim Flor de Chita

- Forró Mandacaru

 

Dia 18 (quarta-feira), das 20h às 23h:

- Mirim Forró do Luar

- Forró do ABC

- Forró Asa Branca

- Capelinha do Forró