Salvador

TEMPLO DE SALOMÃO: Edir Macedo dá recado a Dilma: chega de sofrimento

A presidente Dilma e o vice-presidente Michel Temer compareceram ao evento
IG , SP | 01/08/2014 às 10:14
Pastor e lider da IURD, Edir Machedo, na inauguração do templo de Salomão
Foto: IG

Diante da presidente Dilma Rousseff, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de centenas de políticos e autoridades, o bispo Edir Macedo causou uma saia justa durante uma oração-discurso na inauguração do Templo de Salomão, o maior do Brasil, construído no Brás, centro de São Paulo.

Para uma plateia de 10 mil pessoas, o chefe da Universal do Reino de Deus liderou a parte final do culto, lendo uma passagem bíblica, abençoando os fiéis e entoando uma oração que causou arrepio nas autoridades políticas.

Momentos antes de concluir o evento de 2 horas e 15 minutos, Edir Macedo abriu os braços, fechou os olhos e pediu a Deus “algo novo na vida de suas criaturas”: “Porque o teu povo está cansado de sofrimento, cansado de derrotas, de fracassos familiares, fracassos na saúde, fracassos na segurança e em todos os sentidos. Não há paz, mas com o teu espírito, meu Pai, nós caminhamos com a paz onde quer que nós formos.”

TAPETE VERMELHO

Um tapete vermelho foi estendido na faixa de ônibus da avenida Celso Garcia, no bairro paulistano do Brás, mas por cima dele não passaram nem políticos, como a presidente Dilma Rousseff, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT), nem celebridades da TV Record, como Gugu e Paulo Henrique Amorim.

A grande estrela da noite foi uma reprodução folhada a ouro da arca da aliança, que veio carregada por sacerdotes para a inauguração do Templo de Salomão, a nova sede da Igreja Universal do Reino de Deus. Sua entrada foi ao som da trilha do compositor Elmer Berstein para o filme épico "Os Dez Mandamentos" (1956), de Cecil B. De Mille.

Toda essa gala tinha como referência uma entrega de Oscar e reforçava a aparência de locação cenográfica que o megatemplo provoca. Depois da entrada triunfal da arca, porém, a cerimônia retomou o roteiro típico da TV Universal: testemunhos de fé e orações para um público que reunia políticos em ano de eleição e celebridades rendendo conta para seus patrões.

Do lado de fora do templo, muitos fieis e obreiros rezavam com a cabeça e os braços encostados contra a parede, em gesto parecido ao que acontece no Muro das Lamentações, em Israel. As pedras calcárias que revestem o templo na região central de São Paulo foram trazidas de Hebron, na Cisjordânia, e são similares às presentes no templo original de Jerusalém, do qual só sobrou o muro sagrado para o judaísmo.