Em alguns pontos turisticos e sitios arqueológicos é proibido vender bebidas alcoólicas
Tasso Franco , da redação em Salvador |
25/04/2014 às 08:02
Zona comercial do centrão da Cidade do México sem vendedores ambulantes
Foto: BJÁ
Comparativos entre cidades é sempre um risco. Eventualmente podem ser feitos - como agora - apenas para mostrar que é possível se viver com alguma civilidade nas grandes cidades, mesmo aquelas que têm população pobre em suas periferias, como é o caso da Cidade do México, uma megalopole.
Então, na Cidade do México existem milhares de vendedores ambulantes, pero, só em locais autorizados pelo Ayuntamento (autoridade municipal) e pela Policia. Fora daí, nem pensar. Aqueles que desobedecem são punidos (detenidos) com rigor.
O centro histórico e comercial da cidade onde diariamente circulam milhões de pessoas (a cidade tem 26 milhões de habitantes) não há ambulantes. O máximo que se permite, em alguns pontos transversais são os músicos, as estátuas (homens e mulheres que se postam fixos) e nada mais.
O centrão é vigiado pela Policia Federal (aí está o Palácio Presidencial ao lado da Catedral), Policia Estadual, Policia Municipal e Guardas de Trânsito todo mundo bem armado. Os guardas (e as guardas) de trânsito usam pistolas 45mm na cinta. Ao lado da catedral, fora do circuito do trânsito e da chamada áreas peatonais (onde se andam) existem dezenas de ambulantes que vendem produtos de artesanato.
Detalhe: em alguns sitios históricos e pontos turistics não se pode vender bebidas alcoólicas e niguém desobedesce porque dá prisão.
Outro detalhe: nenhuma passarela das ligações metrô com o sistema bus-rapid e do chamado intermodal que leva aos cerros (as áreas de favelas da periferia) têm camelôs ou ambulantes. E olhe qu são centenas desses equipamentos.
Pronto. A pergunta: por que no México, que é também um país de população pobre, funciona e em Salvador não funciona?
Porque no México as leis são cumpridas.
Salvador é um faz de conta. Faz-se uma passarela e na outra semana está repleta de ambulantes; faz o calçadão da Barra, retira-se os camelôs e na outra semana eles voltam. Só isso. (TF)