Salvador

ILHÉUS: Caminhada em bairro alerta moradores sobre perigo da dengue

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Secom , Ilhéus | 06/04/2014 às 13:37
Agente da Prefeitura fazem caminhada com moradores
Foto: Gidelzo Silva
Uma caminhada pelas ruas do Teotônio Vilela teve o objetivo de conscientizar os moradores do bairro sobre os riscos de contaminação da dengue, informando as formas de evitar a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da doença. A ação foi promovida pela Escola Arca de Noé, em parceria com a Coordenação de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).  Segundo o último Levantamento do Índice da Dengue (LI), o local está entre os cinco que apresentou os maiores índices de infestação de Ilhéus.

Conforme informa o Supervisor de Campo da Sesau, Rondinelli Santos dos Anjos, a iniciativa também teve como propósito alertar a população para os possíveis focos de proliferação do Aedes aegypti. “Pelo nosso levantamento, 80% das amostras coletadas do mosquito são encontradas dentro das residências, tanques, tonéis, caixas de geladeiras”, informa, ressaltando que a ação individual não basta, é necessário que todos os moradores façam a sua parte.

Os moradores do Teotônio Vilela ficaram atentos às informações transmitidas durante a caminhada e aprovaram a iniciativa.  “É muito interessante esses eventos porque os agentes visitam nossas casas, mas se nós não tivermos o cuidado não vai adiantar nada, a população tem que ser conscientizada e esses desfiles assim como as palestras são muito importantes”, revela a manicura Daiane Gomes da Silva.

E a população do Teotônio Viela está atenta aos cuidados necessários e compreendendo que o controle da proliferação do mosquito transmissor da doença é um trabalho coletivo. “Não adianta a gente manter nossa residência limpa se os vizinhos não fazem a mesma coisa, a prevenção contra a dengue é um trabalho que não se faz sozinho, se faz em comunidade”. Sua vizinha Claudete Cândida dos Santos também concorda com a ideia. “Às vezes limpamos a nossa casa, tiramos a água empoçada, mas o vizinho não faz, tem que ser um trabalho coletivo, todos juntos em ação”, destaca.

O vendedor Domingos Isidoro do Carmo já foi contaminado duas vezes pelo mosquito e hoje sabe a importância da prevenção. “Depois que eu fiquei doente mudou muita coisa, eu procuro cuidar do meu lado, não deixo água empoçada, em vasos de banheiro, pneus, nem acumulada em caixas d’águas, vasilhas plásticas, garrafas pets, tanques, tonéis e todo depósito que possa armazenar água”, conta.

Segundo Rondinelli dos Anjos, o trabalho informativo da Coordenação de Endemias da Sesau é contínuo, obedece a uma rotina. “Nós não criamos essas ações em períodos emergenciais, estamos sempre buscando informar a população”, ressalta. O supervisor alerta ainda sobre os perigos da automedicação. “Algumas pessoas ao perceberem os sintomas da dengue se automedicam, isso é muito perigoso. O correto é procurar a unidade hospitalar mais próxima da sua casa e aguardar a prescrição médica”, ressalta.