Rodoviários dizem que foi cumprido o objetivo
Tasso Franco , da redação em Salvador |
30/08/2013 às 11:12
Ômibus na RMS só rodaram depois das 9h
Foto: BJÁ
Com adesão total dos trabalhadores, os rodoviários baianos abriram o Dia Nacional de Paralisação com uma das maiores manifestação da categoria no país. “Na Bahia, paramos todas as garagens nas primeiras horas da manhã. Conseguimos nosso objetivo de chamar a atenção para nossas reivindicações”, afirmou o presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Hélio Ferreira.
A categoria, segundo o presidente, quer mudanças na “hora do descanso” fracionada. Criada por lei federal, a medida que deveria garantir mais conforto no exercício da profissão acabou por aumentar a jornada em uma hora e o estresse dos trabalhadores. A Lei determina que o motorista pare uma hora nos finais de linha a cada quatro horas rodadas. Na prática, no entanto, o rodoviário continua responsável pelo veículo e, portanto, à disposição da empresa no horário que deveria descansar.
Os finais de linha também não comportam a quantidade de ônibus que ficam parados e isso tem gerado conflitos com passageiros e com policiais que não estão informados sobre a lei.
Os rodoviários também apoiam a pauta nacional pelo fim do fator previdenciário, contra o projeto de lei 4330 da terceirização da mão de obra, e pela redução da jornada sem redução de salário. “Na nossa agenda também estão a luta pelos 10% do PIB para a Educação; 10% do Orçamento da União para a Saúde e o transporte público de qualidade”, destaca Hélio Ferreira.
Avisada com antecedência, a população saiu mais tarde de casa. Não houve pontos de ônibus ou terminais lotados no período da manifestação. Na Estação Pirajá, onde o sindicato mantém um plantão permanente, os usuários só começaram a chegar por volta das 7h30. “Buscamos um horário que prejudica menos a população”, assegura o presidente. Em Feira de Santana e em outras cidades do interior o balanço da manifestação dos rodoviários também é positivo.