O decreto que cria o grupo de trabalho foi assinado na manhã desta quarta-feira (09), pelo prefeito ACM Neto, no Rio Vermelho.
AGECOM , da redação em Salvador |
09/01/2013 às 14:33
Prefeito escolheu bairro do Rio Vermelho para lançar programa
Foto: Valter Pontes
Elaborar o projeto para implantação do programa de cotas no serviço público municipal é a primeira grande missão do grupo de trabalho que vai programar as comemorações pelos 125 anos da assinatura da Lei Auréa e os dez anos da edição da lei federal que institui a obrigatoriedade do estudo da história da África no currículo escolar do país. O decreto que cria o grupo de trabalho foi assinado na manhã desta quarta-feira (09), pelo prefeito ACM Neto, no Rio Vermelho.
A data escolhida para assinatura do decreto marca os dez anos da promulgação da Lei nº 10639/2003, que implementa o estudo da História da África e da Cultura Afro-brasileira no currículo da rede pública do Brasil. Além disso, em 2013 se comemora os 125 anos da assinatura da Lei Áurea, que aboliu a escravatura no Brasil; os 95 anos do Mestre Didi e o início da Década Internacional dos Povos Afrodescentes, instituída no início deste ano pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O grupo, formado pelas secretarias municipais da educação, Reparação e Desenvolvimento, Turismo e Cultura, além da Fundação Gregório de Matos, vai elaborar e implantar o Programa de Celebração dos Eventos em Comemoração as Conquistas dos Afrodescentes. A solenidade de assinatura foi na enseada do Rio Vermelho, em frente a escutura cetro da Ancestralidade, de Deoscóredes Maximiliano dos Santos, conhecido como Mestre Didi, escritor, artista plástico, e sacerdote baiano.
Para o prefeito ACM Neto, o conjunto de atividades que possa marcar 2013 como um ano de fato de homenagens a nossa ancestralidade e a cultura negra. “É comum ouvir que Salvador é a cidade mais negra fora da África, mas não é comum a gente cultuar e enaltecer a luta e a riqueza cultural dos nossos ancestrais. O objetivo deste trabalho em conjunto é abrir portas e quebras paradigmas, o primeiro dele é a criação de cotas para ocupação de funções públicas em Salvador”, destacou.