Salvador

Cremado corpo do historiador Ubiratan Castro no Jardim da Saudade

Bira deixa uma lacuna nos movimentos culturais de Salvador como historiador e ativista
Tasso Franco , da redação em Salvador | 04/01/2013 às 11:11
Missa no Palácio de Aclamação na despedida para Bira Castro
Foto: Manu Dias
  Foi cremado às 10h de sexta-feira (4), no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador, o corpo do historiador Ubiratan Castro. Antes, uma missa foi celebrada às 8h, ainda no Palácio da Aclamação, pelo padre Lázaro Muniz, com a presença da Venerada Ordem do Rosário de Nossa Senhora dos Homens Pretos a Portas do Carmo, que tinha Ubiratan Castro como Irmão Professo.

Ubiratan Castro era doutor em História pela Université Paris IV-Sorbonne, mestre em história pela Université Paris X-Nanterre, licenciado em História pela Universidade Católica do Salvador e bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia. Era também membro da Academia de Letras da Bahia, onde ocupava a cadeira 33.

O professor foi presidente do Conselho para o Desenvolvimento das Comunidades Negras de Salvador e trabalhou de 2003 até 2006 com o ministro da Cultura, Gilberto Gil, dirigindo a Fundação Cultural Palmares.

O historiador pertencia ao quadro de professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Departamento de História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas e foi um dos fundadores do Centro de Estudos Afro Orientais (Ceao). Atualmente, ele estava afastado da universidade para assumir o cargo de diretor da Fundação

Ubiratan escreveu os livros "A Guerra da Bahia", "Salvador Era Assim - Memórias da Cidade e Sete Histórias de Negro". Lançou em 2009, na cidade de Cachoeira o livro de contos "Histórias de Negro".