O governo do Estado da Bahia e o município de Salvador chegaram, hoje (8), a um entendimento definitivo que possibilitará a entrada em operação do metrô de Salvador já no próximo semestre, por meio de uma operação assistida. Em uma reunião agora à tarde entre o governador Jaques Wagner, o secretário da Casa Civil, Rui Costa, e o vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito, ficou acertado que a linha 1 do metrô, com 12 km de extensão, entre a Lapa e Pirajá, será incluída no projeto de mobilidade urbana que prevê a implantação da linha 2 do metrô, ligando o Acesso Norte, em Salvador, ao município de Lauro de Freitas, passando por toda a Paralela, através de Parceria Público-Privada (PPP).
Além deste entendimento, ficou acertado, também, que o Governo do Estado e o Governo Federal, em acordo com a Prefeitura de Salvador, farão, juntos, uma operação assistida para colocar em atividade no próximo semestre o trecho do metrô já concluído, entre a Lapa e o Acesso Norte (Rótula do Abacaxi), numa extensão de seis quilômetros. Para isso, o governo baiano irá buscar R$ 32 milhões junto à União a fim de possibilitar a entrada em operação do tramo 1, realizar a revisão dos vagões e a manutenção do sistema.
Nos próximos dias será assinado o termo de cooperação entre Estado e Prefeitura de Salvador, documento que servirá de referência para o edital da PPP e selará, de vez, o entendimento entre o governo baiano e a prefeitura de Salvador. "Conseguimos fechar todos os pontos para viabilizar o edital", comemorou Rui Costa. A previsão é que ainda em maio o edital seja colocado em consulta pública e, já no próximo mês, seja lançada a licitação. Conforme o secretário da Casa Civil do Estado, a construção do tramo 2, que ligará o Acesso Norte a Pirajá, será prioritária. Já na Paralela, a idéia, segundo ele, é que tão logo as estações ao longo da avenida fiquem prontas, elas sejam integradas ao sistema já em funcionamento.
Para o professor e vice-prefeito de Salvador, Edvaldo Brito, "as tratativas tem sido feitas dentro da comissão de mobilidade urbana e tem o respaldo do prefeito João Henrique". Brito destacou que "a participação do governo baiano é fundamental para pôr o tramo 1 em operação assistida".
O consórcio vencedor da PPP, que construirá o metrô, segundo Costa, também será o responsável pela operacionalização de todo o sistema. A meta, segundo ele, é que até a Copa de 2014, algumas estações na Paralela já estejam funcionando. O fato de o governo do Estado, na sua opinião, ter optado pela PPP para a construção do metrô, vai dar celeridade à execução, assim como vem ocorrendo com a Arena Fonte Nova, cujas obras caminham em ritmo acelerado.