A Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), de Vitória da Conquista, descobriu um esquema de adulteração de carros de luxo e caminhões roubados na região, que estaria funcionando desde 2004.

Há cerca de 10 dias, uma equipe de policiais apreendeu de uma só vez, em locais diferentes da cidade, sete veículos, avaliados em mais de R$ 1 milhão. Os integrantes da quadrilha, identificados e indiciados por formação de quadrilha, receptação, adulteração de sinais identificadores de veículos e falsificação de documentos públicos, estão sendo procurados.

O que mais chama a atenção da polícia é o fato de que os veículos tiveram todos os sinais identificadores adulterados, inclusive com substituição das etiquetas de segurança originais do fabricante. Outra coisas: possuem documentos de licenciamentos e de transferência da propriedade preenchidos em planilhas originais dos Detrans da Bahia e de outros estados. Os policiais apuram se estes documentos foram extraviados, furtados ou roubados, ainda em branco, dos respectivos órgãos.

Até o momento já foram apreendidos uma Toyota Hilux 2010, um Toyota Corolla 2010, um Pálio Weekend 2010, um VW Golf 2010, três caminhões e um ônibus, todos com placas clonadas de veículos similares dos estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo. A operação foi deflagrada após a apreensão de uma Pajero TR4 2010, em 11 de maio de 2011, na Avenida Olívia Flores, no bairro Candeias, em Vitoria da Conquista.

Os veículos apreendidos estavam nas mãos de empresários, comerciantes e profissionais liberais de Conquista, que os adquiriram como alienados ou financiados. Já os de carga estavam alugados a empresas atacadistas e de transportes da cidade. O delegado titular da DRFR/Conquista, Cléber Rocha Andrade, solicitou perícia dos veículos junto ao Departamento de Policia Técnica (DPT), para, a partir da identificação dos roubados, conhecer sua origem e chegar aos integrantes da quadrilha.

As investigações indicam que o bando vinha agindo em Conquista desde 2004 e é possível, segundo o delegado Cléber Rocha Andrade, que, na região Sudoeste, estejam circulando dezenas de veículos em condições semelhantes. "Quem desconfiar que comprou um seminovo adulterado, deve procurar imediatamente a delegacia e apresentá-lo para uma averiguação, evitando o risco de ser preso em flagrante por receptação", alertou.