Eles antes passaram no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro (IML-RJ), onde fizeram exame de corpo de delito.
Os dois, suspeitos de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do jogador, foram transferidos da Divisão de Homicídios do Rio pouco antes das 13h desta quinta-feira (8).
Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Bruno e Macarrão irão ficar na Penitenciária Alfredo Tranjan (Bangu 2). A prisão é temporária e, a princípio, Bruno e Luiz Henrique devem ficar na unidade prisional durante cinco dias.
A Seap informou que a penitenciária dispõe de celas individuais. Por isso, eles ficarão isolados, com o objetivo de zelar pela integridade física de ambos. A unidade tem mais dez presos em celas idênticas, na mesma galeria, tendo em vista o tipo de delito cometido. O efetivo geral da unidade é de 950 presos e todos têm o mesmo tratamento, independentemente de estarem em celas coletivas ou individuais.
Segundo depoimento de um menor também envolvido no caso, Eliza teria sido levado do Rio para Minas Gerais e morta. O menor, que foi até Minas Gerais ajudar nas investigações, já retornou ao Rio e está em um centro de triagem e recuperação na Ilha do Governador.
Novo advogado
O advogado que defendia o goleiro, Michel Assef Filho, afirmou nesta manhã que está deixando o cargo. Assef disse que estava defendendo os interesses de Bruno porque ele era um "patrimônio do clube e um dos atletas mais caros do Flamengo". Uma vez que o advogado trabalha para o Flamengo e o clube decidiu pela suspensão do contrato dele, há conflito de interesses, segundo Assef.
Segundo o advogado, ele não entrou com pedido de habeas corpus para o goleiro. Assef informou ainda que quem assume a defesa do goleiro é o advogado Ércio Quaresma, de Minas Gerais, que já defende a mulher de Bruno e Macarrão.
Bruno nega as acusações
Michel Assef Filho disse que o atleta negou, na noite desta quarta-feira (7), acusações contra ele feitas por um menor de idade. Ele disse que o goleiro está "estarrecido" e afirmou desconhecer os fatos contados em depoimento pelo menor ouvido na terça.
As declarações do advogado foram dadas em frente à DH pouco antes das 22h de quarta. "Ele respondeu a todas as perguntas, mas se limitou a dizer que desconhece os fatos e não tem nada a dizer sobre o inquérito que está instaurado aqui. Sobre o de Belo Horizonte, vou tomar conhecimento dos autos amanhã", disse Assef. Ele disse ainda que o goleiro deverá ser levado para Minas Gerais. Segundo o advogado, o menor morava na casa de Bruno na Barra da Tijuca.
Pedido de transferência
para Minas Gerais
A Polícia Civil mineira aguarda autorização da Justiça do Rio para transferir o mais rápido possível o goleiro Bruno e seu amigo Macarrão, para Minas Gerais, onde se investiga o desaparecimento de Eliza, informou no início da madrugada desta quinta-feira (8) Alessandra Wilke, delegada-adjunta da Delegacia de Homicídios de Contagem.
A transferência só será decidida a partir de 11h desta quinta-feira (8). Segundo informou a assessoria do presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Zveiter, o juiz de plantão que recebeu o pedido alegou incompetência para julgar e encaminhou o pedido para a vara comum, que só abre às 11h.