O palco do Camaforró 2010 esteve repleto de uma diversidade de estilos musicais e culturais apresentados durante os quatro dias de festa.

Para abrilhantar ainda mais o evento, acaba de subir ao palco a segunda atração da noite. O Forrozão da Banda Zezinho da Ema que agita o Espaço Camaçari, mesmo em baixo de uma fina chuva que cai na cidade. "O forró do Zezinho é muito bom. É tradicional é nordestino, mas, no entanto tem uma batida forte, um som eletrizante. A cara do povo de Camaçari", disse o estudante, Joel Barros.

Oriunda de Várzea da Ema, no Município de Chorrochó, localizada a 498 km de Salvador, a banda traz o nome do seu idealizador, o forrozeiro Zezinho da Ema.

Antes de iniciar a apresentação Zezinho da Ema declarou estar muito feliz em participar da festa "O São João de Camaçari representa a tradição junina de grandes cidades do interior, agradeço a oportunidade de participar dessa grande festa".

MIGUELÃO

O músico e compositor Miguelão do Forró foi a terceira atração da última noite do Camaforró, São João de Camaçari. O cantor trouxe toda musicalidade forrozeira misturando diversos ritmos como a lambada, o forró eletrônico, baião e o xaxado, sem deixar de lado o tradicional pé-de-serra.

Com 10 anos de carreira, e tocando pela nona vez no Camaforró, Miguelão começou aos 14 anos de idade, tocando baixo. Mais tarde tocou em bandas de MPB e e baile. Com quatros CD's gravados, dois com músicas inéditas e parcerias e outros dois compostos por músicas de divulgação, Miguelão se prepara para lançar o quinto CD, previsto para o segundo semestre desse ano. Outra novidade é o lançamento do primeiro DVD que estará pronto até janeiro de 2011. Lançou seu primeiro CD em 2001.

Os velhos baiões do saudoso Luiz Gonzaga estão entre as mais pedidas pelo público e não podem faltar nos shows. Músicas como Baloeiro, Acende a Fogueira, e Forró na Casa do Zé, conhecida na voz da banda Chiclete com Banana são outras músicas de composição de Miguelão que também fazem parte do show.

Natural de Pernambuco, Miguelão já mora em Camaçari há 30 anos, por isso sempre brinca, "já dividi a minha naturalidade entre os dois estados, Bahia e Pernambuco". E acrescenta, "a cada ano o Camaforró se supera tanto na qualidade da estrutura quanto de público".