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Os estudantes são motivados em atividades extra curriculares na criação
Foto: DIV
Vinte e nove alunos atendidos pelo Programa Mais Educação, desenvolvido pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia, com idades variando dos 10 aos 16 anos, participaram das oficinas do projeto Minha Vida Mobile Bahia, na Escola Estadual Democrática de 1º Grau Diácono F. Britto, em Simões Filho.
Eles deixaram as dificuldades de lado para virarem atores, fazerem entrevistas, produzirem cenários e figurinos. Também participaram de montagem, definição de música, sequência de imagens e textos de trabalhos feitos com aparelhos de celular, em plena sala de aula.
O resultado do encontro entre estudantes, coordenadores do Mais Educação e arte-educadores do MVMob-Ba são trabalhos nas linguagens de vídeo, fotografia, áudio e produção de notícias, que já podem ser conferidos no portal do projeto (www.mvmob.com.br/ba). A próxima edição das oficinas está marcada para quarta-feira, dia 12 de maio, em Lauro de Freitas, no Colégio Estadual Hermano Gouveia Neto.
CRIAÇÃO
"Minha surpresa em relação ao projeto é ver a fisionomia dos alunos, quando percebem que conseguem criar coisas extraordinárias com um simples aparelho celular", relata Ducca Rios, coordenador de audiovisual do projeto que foi criado pelo gestor cultural Wagner Merije em Minas Gerais, em 2006, e que hoje tem ações expandidas para São Paulo e Tocantins, além da Bahia.
No primeiro estado do Nordeste a sediar o projeto, sete cidades estão recebendo oficinas. "Muitos dos participantes vem de realidades duras, de comunidades com carências, como as das escolas onde eles estão inseridos. O MVMob é como se fosse uma janela, de comunicação com outras realidades", conclui o coordenador.
Simões Filho
Estudantes do Programa Mais Educação atuaram na oficina realizada no dia 5 de maio em Simões Filho, cidade a 31 quilômetros de Salvador. A Escola Estadual Democrática de 1º Grau Diácono F. Britto tem menor porte do que as escolas onde o projeto MVMob Bahia foi desenvolvido anteriormente (em Salvador e Candeias). A instituição educativa não possui laboratório de internet e informática, mas a maioria dos alunos registrou que tem celular.
"Tivemos a grata surpresa de ter conosco alunos que tem dificuldade de aprendizagem e de comportamento e que, entretanto, foram bastante participativos, interessados, integrados e criativos em todo o processo, conseguindo realizar trabalhos tão bons quanto os das escolas anteriores", avalia Maria Luiza Barros, proponente e produtora da edição baiana do projeto, que observa: "Eles mostraram que podem construir trabalhos tão criativos quanto qualquer um e que basta apenas a escola proporcionar a eles possibilidades reais de serem inseridos através da motivação e da qualidade de ensino".
Divididos em equipes, os jovens elaboraram trabalhos em diferentes linguagens: Fotografia (com o trabalho Tem na escola), Notícias (Jornal da Noite), Áudio (A vida dos famosos) e Vídeo (Vem comigo - projeto stop motion com fotos). A Equipe MVMob desenvolveu a enquete Tá na boca do povo, com o tema Qual é o seu sonho?. Alunos relataram as experiências das oito horas de atividades: "Aprendemos a utilizar melhor o celular como ferramenta de apoio ao estudo"; "Eu pretendo aprender mais e mais"; "Aprendi a fotografar várias outras coisas de várias posições".