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Famílias desabrigadas estão recebendo ajuda da Prefeitura de Lauro
Foto: João Raimundo
A prefeita Moema Gramacho se reuniu hoje (15) com
representantes do governo estadual e da Polícia Militar - batalhões de
Choque, Polícia Rodoviária e a 52ª CIPM - para definir padrões de ação para
atendimento às demandas geradas pelas chuvas e evitar maiores transtornos no
trânsito e deslocamento pelas vias da cidade, principalmente quando estes
forem empreendidos visando o salvamento de cidadãos.
A prefeitura já contava no início da tarde desta quinta-feira, mais de 395
desabrigados e outra centena de desalojados, moradores de localidades como
Caji, Boca da Mata, Sempre Verde, Lagoa da Base, Avenida Luiz Tarquínio,
Vila Praiana, Avenida Praia de Copacabana, Rua Úrsula (transversal da Luiz
Tarquínio), além de Areia Branca, Estrada do Coco e Avenida Fortaleza. O
balanço apresentado pela prefeita computa ainda 300 pessoas que estão
abrigadas em casa de parentes e vizinhos e mais 250 famílias atendidas pelo
Programa Municipal de Bolsa-Aluguel. A Estrada do Coco foi interdita
durante toda a manhã. A ponte no Km 4, foi tomada pelas águas do Rio
Ipitanga e só foi liberada ao tráfego no início da tarde.
Aos representantes das polícias, dentre eles o major PM Izidro, comandante
de 52ª CIPM, a prefeita solicitou apoio para a retirada de pessoas dos
locais alagados. "Por medo de perder seus bens, as pessoas não querem deixar
as casas. A autoridade da polícia seria fundamental neste momento",
ressaltou Moema Gramacho.
Houve contatos ainda com a secretária da Casa Civil do governo do Estado,
Eva Maria Chiavon, para quem a prefeita ressaltou o problema com a ponte
sobre o rio Ipitanga, na rodovia estadual 099 (Estrada do Coco) e que ficou
submersa por uma coluna d´água de 60 centímetros durante as chuvas de ontem
e hoje. Na manhã desta quinta, a Meteorologia registrou precipitação de 92
milímetros. "Como a ponte ficou encoberta, ela pode ter sofrido estragos em
sua estrutura, também por conta da força da correnteza", disse a prefeita. A
secretária da Casa Civil assegurou que o problema seria visto. Moema
ressaltou que os prejuízos podem ultrapassar R$ 50 milhões.
Pela manhã, a prefeita esteve também com a secretária estadual de
Desenvolvimento Social e Combate à Probreza, Arany Santana, e com o
coordenador estadual de Defesa Civil, Antônio Rodrigues, dos quais recebeu
garantia de apoio para a distribuição de colchões, filtros de água, cestas
básica e cobertores, além de providenciar equipes para socorrer pessoas no
local em caso de novas vítimas das enchentes.
Passado
O coordenador da Defesa Civil em Lauro de Freitas, Ápio Vinagre,
ressaltou que moradores mais antigos da cidade relatam que chuvas como estas
ocorreram na década de 70. Ele não tinha ainda uma relação de todas as
ocorrências, mas ressaltou que, nestas chuvas, a Defesa Civil recebeu mais
de 300 chamadas, a maioria referente a problemas com alagamentos,
inundações, deslizamentos de terra e queda de cômodos de casas. "Não houve
vítimas fatais", destacou Vinagre, que é também secretário de Governo em
Lauro de Freitas.
A prefeita Moema, e também Vinagre, destacaram a atuação das outras
secretarias envolvidas nas ações contra os prejuízos das chuvas: Trânsito e
Transportes, Serviços Públicos, Infra Estrutura, Assistência Social, Meio
Ambiente e Administração. "Por todo este empenho das secretarias e da Defesa
Civil, temos hoje um saldo de grandes estragos, mas nenhuma vítima fatal.
Agradeço a Deus por isso", disse Moema. Ela também solicitou aos moradores,
apesar do momento difícil, que mantenham a calma e a paciência. "Afinal
choveu aqui o mesmo volume que choveu no Rio de Janeiro", comparou a
prefeita.