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Presidente da Câmara, Alan Sanches, durante o "Salvador Cidade Limpa"
Foto: Arnaldo A de Jesus
Novos paradigmas para reduzir a poluição do meio ambiente, adequando as
cidades às novas tecnologias de controle dos resíduos sólidos urbanos e
conscientização dos cidadãos no consumo e descarte dos bens de produção.
Esses foram alguns temas apresentados no seminário "Salvador, cidade limpa",
realizado na manhã desta terça-feira (30) no Centro de Cultura da Câmara
Municipal, com a presença da ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy.
A manutenção da cidade limpa passa pela educação dos cidadãos e pelo
entendimento que "reciclagem significa geração de emprego e renda e
preservação ambiental", como atesta o presidente da Câmara, vereador Alan
Sanches (PMDB). No evento, realizado pelo Grupo A Tarde com apoio da Câmara,
Alan Sanches destacou ainda a iniciativa e a preocupação do veículo de
comunicação em debater um tema vital para melhorar Salvador.
Presente entre os palestrantes, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy
falou sobre as ações implantadas em sua gestão à frente da capital paulista,
como o programa de concessão de serviços de limpeza. "Os investimentos
feitos pelas concessionárias em estações de transbordo e destinação final
foram vitais para melhorar a limpeza urbana de São Paulo", disse Marta.
Para Carlos Rossin, especialista na área de limpeza urbana, o
desenvolvimento sustentável da cidade passa pelo desafio da limpeza urbana.
Após estudar 14 cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Brasília, Salvador, Goiânia, Londres, Roma, Tóquio, México, Nova Iorque,
Paris, Buenos Aires e Barcelona), o especialista assegurou que
"sustentabilidade financeira, planejamento e conscientização da população
são pilares para uma gestão eficiente de limpeza urbana".
Responsabilidade
De acordo com a promotora de Justiça Cristina Seixas, a reciclagem de
resíduos sólidos urbanos passa pela responsabilidade das pessoas e dos
gestores, numa ação preventiva a partir de um novo olhar sobre o controle
dos bens consumidos. Sobre o lixo em Salvador, disse que a cidade não tem
mais áreas para descarte e que o Ministério Público baiano investiga o Plano
Básico de Limpeza Urbana de Salvador. Propôs campanhas educativas
permanentes, capacitação dos gestores e apoio às cooperativas de catadores.
Ariovaldo Caodaglio, da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza
Pública (ABLP), destacou que o modelo participativo, com cada cidadão
respondendo conscientemente por seus atos, é determinante para uma cidade se
manter limpa.
O evento foi aberto por Sylvio Simões, diretor executivo de A Tarde.
Participaram dos debates os vereadores Alcindo Anunciação (PSL), Vânia
Galvão (PT), Aladilce Souza (PC do B) e Olívia Santana (PC do B), o
diretor-geral de A Tarde, Edivaldo Boaventura, além de ambientalistas e
gestores públicos das esferas municipal e estadual.