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Agentes da Prefeitura levam informações à população residente em Itinga
Foto: João Raimundo
Para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, servidores da Secretaria
Municipal de Saúde de Lauro de Freitas alertaram a população para os riscos
e modos de prevenir-se da doença, em atividades realizadas esta semana no
Ambulatório do Centro e postos de saúde. Às pessoas que buscavam os espaços,
muitos dos quais foram levar os filhos pequenos para tomar vacina contra a
gripe A (H1N1), foram feitas palestras explicativas, distribuídos panfletos
e também um delicioso mingau de milho. Segundo dados da Organização Mundial
da Saúde (OMS), pelo menos um terço da população mundial está infectada com
o bacilo da tuberculose.
"A doença é ainda muito negligenciada", destaca a enfermeira Margarida Déa,
coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose em Lauro de Freitas. Ela
diz que, por dia, são realizados ao menos 20 exames de Raio-X na unidade do
Ambulatório do Centro, buscando detectar a presença da doença, além dos
exames de baciloscopia, cujo resultado é emitido em até 72 horas. Déa
informou que o município também já disponibiliza aos pacientes a dose fixa
combinada, que reduz de seis para até dois a quantidade de comprimidos a
serem ingeridos durante os seis meses de tratamento. Além do Ambulatório do
Centro, outras 13 unidades de saúde do município realizam o atendimento.
Nos pacientes nos quais é detectada a tuberculose, é também realizado o
exame de HIV, visto que esta é uma das primeiras doenças oportunistas a
acometer os soropositivos. Também nos pacientes em que é detectado o vírus
da AIDS são realizados os exames da tuberculose. Os principais sintomas da
tuberculose são: falta de apetite, emagrecimento, dor no peito, suores
noturnos, cansaço fácil e febre baixa, principalmente à tarde. Margarida Déa
informou ainda que as famílias dos pacientes tuberculosos são também
visitadas, para verificar se têm a doença A Associação Casa de Caridade
Adolfo Bezerra de Menezes, que atende a 62 idosos e 50 crianças, realizou
também campanha educativa na Praça do Caranguejo, em Itinga.
Fome
A coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose diz, contudo,
que a situação social do paciente também é aspecto que pode dificultar o
tratamento. Os medicamentos, explica, causam fome nos pacientes, pelo
aumento de produção de ácidos no estômago, e muitos abandonam o tratamento
por este motivo. "Comer bem não cura a doença, isto fica para os
medicamentos, que são distribuídos gratuitamente. Mas é importante dizer que
uma boa alimentação pode evitar o agravamento da doença ou mesmo a
manifestação", disse Margarida Déa.
A Associação Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes, que atende a 62
idosos e 50 crianças, realizou também campanha educativa na Praça do
Caranguejo, em Itinga.