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A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA) denuncia que os trabalhadores que prestam serviços para a Soservi Sociedade de Serviços Gerais Ltda. no Shopping Salvador estão sofrendo toda sorte de humilhação em razão do desaparecimento de cinco rádios transmissores no local.
Segunda relata Reinaldo Neri Silva, membro da direção do Sindilimp-BA "a direção da Soservi deu por falta de cinco rádios transmissores no local. Os trabalhadores afirmam que os rádios estavam fora de funcionamento e que não existe nenhuma prova de que tenha sido os funcionários que sumiram com os aparelhos.
Para puni-los, a Soservi está obrigando os trabalhadores a assinarem recibos para que os valores sejam descontados em seus salários e quem se recusar seria demitido. Ora, ninguém quer a impunidade. Se existe prova concreta de furto que se puna o responsável ou responsáveis.
O que o Sindilimp-BA não aceita é que recaia sobre todos a imagem de desonestos". Ana Angélica Rabello, coordenadora geral do Sindilimp-BA, acrescenta que a Soservi está há mais de 30 anos no mercado e é uma das mais sólidas no ramos de terceirização de mão de obra prestando serviços em todo o Nordeste, além de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
LEGALIDADE
"Uma empresa com este perfil e este porte não pode e não deve agir sem nenhum amparo legal. Até o momento são 36 funcionários que assinaram os tais recibos e terão descontado por três meses a quantia de R$33,76, ou seja, cada um perde do seu já baixo salário o valor total de R$ 101,28 que com certeza fará muita falta".
O coordenador do Departamento Jurídico do Sindilimp-BA, Luiz Carlos Suíca acrescenta que "o principal não é apenas o valor material da punição e sim o aspecto moral e de honra. Como cobrar de todos se nem ao menos existe uma ocorrência entre a Soservi e o Salvador Shopping a respeito do sumiço dos cinco rádios?", questiona.
O sindicalista informa também que a direção do Salvador Shopping recusa-se a negociar com o Sindilimp-BA e diz que tudo deve ser esclarecido com a contratada, a Soservi. "O processo de terceirização torna evidente que a contratante responde de forma solidária com a empresa que ela contrata. Por que então não se buscar uma linha de diálogo como já conquistamos com quase todos os demais shoppings da cidade?"
"A calúnia consiste em atribuir, falsamente, a alguém a responsabilidade pela prática de um fato determinado definido como crime. A difamação, por sua vez, consiste em atribuir a alguém fato determinado ofensivo à sua reputação. A injúria consiste em atribuir a alguém qualidade negativa que ofenda sua dignidade ou decoro.
Cabe aqui uma pergunta: Só porque os trabalhadores em limpeza são pessoas humildes, eles podem ser tratados como se não fossem cidadão? Se há provas de furto que se puna, em caso contrário, que cessem a pressão psicológica e moral que os funcionários da Soservi estão sofrendo no Salvador Shopping", finalizou Luiz Carlos Suíca.
A direção do Sindilimp-BA em conjunto com seu corpo de advogados estuda que medidas tomar contra a Soservi e o Salvador Shopping para acabar com o que qualificam de humilhação dos trabalhadores terceirizados.