Salvador

FILHA DE GUEVARRA DIZ QUE HOMEM NECESSITA TER UMA FUNÇÃO SOCIAL

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| 11/03/2010 às 18:18
Aleida Guevara foi recebida pelo secretário Walmir Assunção na Sedes
Foto: ASCOM SEDES
Após cumprir agenda pela manhã em Salvador, inclusive ministrando uma
palestra na Universidade Federal da Bahia (Ufba), a médica pediatra que
desenvolve atividades sociais em Cuba, Aleida Guevara March, visitou a
Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) para
conhecer os projetos que ajudaram no novo conceito de desenvolvimento
social, com o foco principal na quebra do ciclo geracional da pobreza (filho
de pobre continuará pobre), por meio de capacitação e geração de emprego e
renda.

A filha mais velha do argentino Ernesto Che Guevara, foi recebida pelos técnicos de todas as áreas, junto com o secretário Valmir Assunção, que participaram da reunião e explicaram um pouco dos trabalhos realizados pela Secretaria. Consolidação do Sistema Único de Assistência Social (Suas), fortalecimento da bacia leiteira, cisternas para a população vulnerável do semiárido, projetos para a juventude atendendo mais de 64 mil jovens e adolescentes, além das políticas públicas para jovens em conflito
com a lei e os projetos de Segurança Alimentar, Mulheres da Paz, Bahia
Acolhe, entre tantos outros foram pauta deste encontro.

Segundo Aleida Guevara, o ser humano que não sente capacidade de sustentar
sua família chega a ser desesperador. "A pessoa pode ter apoio psicológico,
pode ter apoio econômico, mas se o ser humano não se sente capaz de
produzir, de criar algo pra sua própria família, é um homem desesperado que
pode chegar ao alcoolismo, às drogas, violência. O ser humano tem que ter
uma função social, uma função laboral, para se sentir respeitado pela
comunidade. Então é necessário a criação de novos postos de trabalho, para
que as pessoas tenham a possibilidade de sentir-se pessoas de verdade",
afirma.

Aleida Guevara ainda deixou conselhos importantes que, segundo a Sedes,
trarão melhoras na criação de novas políticas públicas. "Para um país que
quer lutar contra as desigualdades, o povo tem vital importância nisso,
porque ele pode ajudar, é o ‘faça pelos outros'. Em 50 anos de revolução
socialista, com uma consciência social criada, ainda hoje há gente que se
deixa iludir, manipular, se não há o ‘faça pelos outros', imagine como é em
outras partes", enfatiza.