Salvador

GOVERNO ESTADO NEGA DEMOLIÇÃO DE EQUIPAMENTOS NO CANAL DO IMBUÍ

vide
| 25/02/2010 às 23:05
A polêmica obra do Canal do Imbuí que cobre com concreto Rio Cascão
Foto: BJÁ
 O Governo do Estado nega taxativamente qualquer possibilidade de determinar a demolição dos equipamentos em construção sobre o canal do Imbuí. O prazo de 24 horas dado pelo Instituto de gestão das Águas (Ingá) envolve apenas a verificação do cumprimento das condicionantes negociadas junto à Prefeitura de Salvador, ainda na fase inicial das obras.

Segundo o acordo firmado, os primeiros 200 metros do canal deveriam ser revestidos com placas removíveis a fim de prevenir problemas futuros e danos à urbanização tão desejada pelos moradores e freqüentadores do Imbuí.

Por meio da sua assessoria de imprensa, o governador foi enfático ao dizer que "o relacionamento entre Prefeitura e Estado, entre governador e prefeito, permanece em alto nível, focado nos interesses da população e no entendimento que melhore a cada dia as condições de vida em Salvador".

Sobre alegações de contaminação política na questão, Wagner foi ainda mais incisivo: "o assunto está sendo tratado na esfera técnica e administrativa. Qualquer tentativa de politizar a questão é contrária ao interesse público e só pode vir de quem tem interesses menores de faturar eleitoralmente em cima de um problema ambiental com reflexo direto na qualidade de vida dos milhares de moradores do bairro", disse o governador.

Ele tranqüilizou o prefeito e a população, informando ainda que técnicos do governo estadual, da prefeitura e da empreiteira responsável pela obra estão cuidando do assunto. O governador reafirmou ainda que está sempre à disposição do prefeito João Henrique Carneiro para tratar de assuntos relevantes da cidade.

Queda de braço

"Advertimos que não utilizassem materiais que dessem um caráter permanente na intervenção urbanística", e contínua: "Tudo é transitório. Quando o rio melhorar de qualidade tudo será removido", informou Júlio Rocha, diretor-geral do Ingá.


Rocha disse ainda que há uma reunião marcada para o dia 4 de março com a prefeitura e a Embasa para tratar da obra e que "até lá não haverá embargo nem suspensão da outorga (como última instância), como consequência do descumprimento do acordado com o Ingá".


O prefeito João Henrique anunciou através da Rádio Metrópole que não iria acatar a determinação do Ingá. "O prefeito solicitou audiência com Jaques Wagner para tratar do assunto".
 

Segundo o Ingá, a prefeitura não está cumprindo  com a Outorga 645/09, no item b, onde versa que não poderá  ser implantado nenhum equipamento urbano permanente sobre as placas removíveis. Ou seja, como a retirada dos equipamentos urbanos que estão sendo implantados se faz necessário serviço de demolição, estas instalações são avaliadas pelo Ingá  como permanentes.