Vereadores de Salvador comentaram a iniciativa sinalizada pelo Executivo Municipal de enviar à Câmara de Salvador, após o Carnaval, um projeto de lei punindo quem urinar em vias públicas. A medida se espelha no projeto de lei da cidade do Rio de Janeiro, que pretende banir o mais rápido possível o mau costume de utilizar as áreas públicas como sanitários particulares.

"O mau hábito de fazer xixi na rua é um problema de saúde pública. Para resolver, proponho campanha educativa e não a aplicação de multa", defende a vereadora Vânia Galvão (PT), que disse ter feito na Câmara, no final do ano passado, um pronunciamento sobre o assunto e indicado ao prefeito a colocação de sanitários públicos na cidade. Ela, que tem cartaz na internet com a campanha "não faça xixi na rua!", acrescenta que "além de instalar os sanitários é preciso dar manutenção no equipamento". 

O vereador TC Mustafa (PT do B) concorda com a iniciativa do prefeito João Henrique e sugere que todas as cidades brasileiras adotem o mesmo procedimento. "É muita falta de educação e de respeito fazer xixi na rua. O pior é que tem gente que, mesmo com o sanitário público, prefere sujar as ruas", frisou indignado o vereador.

"Sou a favor. Temos que ter mecanismos educativos, informativos e jurídicos no sentido de inibir esse péssimo hábito das pessoas de estarem em plena via pública urinando", opinou o vereador Laudelino Lau (PSB). Essa conduta, acrescentou, caracteriza-se como "atentado ao pudor e é tipificado no Código Penal Brasileiro". Para Lau, a Câmara tem que abraçar essa causa.

Colaboração

Para o vereador Dr. Pitangueira (PRB), tudo passa por ações educativas. "O brasileiro, de um modo geral, tem que acabar com esse mau hábito de urinar e, também, de jogar o lixo na rua", destacou. Ele reforçou a necessidade de instalação de sanitários químicos em vários pontos da cidade, como nos terminais de ônibus e nas praias. "A população deve colaborar com a manutenção desses sanitários públicos", pediu.

O vereador Henrique Carballal (PT) também acredita que a solução para o problema depende de um processo de educação do povo. "O cidadão não foi orientado. Por isso, não conhece os problemas que a urina nas ruas traz para a sua saúde e para a cidade", disse.

O vereador Sandoval Guimarães (PMDB) tem opinião semelhante. Para ele, multar ou prender o cidadão não é a melhor solução. A preocupação dele está na forma com que será feita a fiscalização. "O sistema de transporte da cidade não tem estrutura para cumprir este tipo de lei", argumentou.