Salvador

OFICINA DE SAÚDE MENTAL TREINA GUARDAS MUNICIPAIS DE SALVADOR

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| 03/10/2009 às 10:28

Cerca de trinta Guardas Municipais da Superintendência de Segurança Urbana e Prevenção à Violência-SUSPREV participaram nesta sexta-feira (2), da Iª Oficina de Sensibilização em Saúde Mental. O encontro aconteceu no Centro de Atenção Psicossocial - CAPS, no bairro de Águas Claras. "Loucura", foi o tema central do debate.

Na introdução, os dirigentes do encontro, formados por psicólogos, assistentes sociais, e coordenadores, fizeram uma dinâmica com o grupo e perguntaram qual conceito tinham sobre o tema. Diante de tantas definições apontadas, a equipe conduziu a palestra explanando o assunto por vários ângulos, inclusive com a quebra do preconceito em determinadas situações, ao alertar aos Guardas Municipais sobre a possibilidade de se depararem, a qualquer momento, com pessoas em crises de loucura.


Suely Barreto, assistente social da SUSPREV, foi a responsável pelo encontro da instituição com o CAPS. Ela considera de extrema importância que os Guardas conheçam os procedimentos adequados para o bom atendimento de pessoas com transtornos mentais em casos de urgência, que seriam os seguintes: a melhor forma de comunicação,  quais cuidados se deve ter ao dirigir-se a uma vítima em crise e  para onde se deve conduzir a mesma.
 
Para discussão coletiva, foi feita a simulação de uma situação real, em que a coordenação do CAPS pôde ensinar e avaliar de que modo os agentes atenderiam a essa vítima. Os Guardas participaram do acontecimento e tiveram bom desempenho. O agente Balbino Santos deu exemplo de situações já vividas por ele em atividade. Ele explica que não sabia do poder de atuação do CAPS e que, a partir de agora, ao se deparar com novas situações, ligará para o Centro e solicitará ajuda.

"A participação e o conhecimento da Guarda Municipal nesse aspecto é muito importante para lidar com o cidadão que necessite do apoio de alguém nas vias públicas e nas ruas da cidade. A contenção humana é o principal instrumento que o Guarda pode utilizar para dialogar com a crise e com a família da vítima em situação de risco",  explica a assistente social e organizadora do evento, Carol Machado.

"A loucura é a quebra do paradigma daquilo que é normal, é o quê a sociedade vivencia no momento", opinou o Guarda Municipal Eymard Portugal. Para ele, a oficina de sensibilização fornecida pelo CAPS foi importante para reforçar a comunicação entre os Guardas para desmistificarem os conceitos em torno do tema e saberem  lidar com tais situações de maneira profissional e mais humana.