Os 17 anos do Instituto Cultural Steve Biko serão lembrados pela Câmara Municipal de Salvador, nesta sexta-feira (18), às 17 horas, em sessão especial requerida pelo vereador Moisés Rocha (PT). O autor do requerimento é um dos colaboradores da instituição desde a sua fundação, em 31 de julho de 1992.

Para Moisés Rocha, a grande missão do Instituto Biko é a promoção da ascensão social da população negra através da educação, tendo ainda como vetor o resgate de valores ancestrais. A conscientização, ressalta o vereador, "é o caminho seguro para o acesso à universidade".

O Instituto Biko, acrescenta o vereador, tem utilizado a politização como uma das bandeiras para o exercício da cidadania. A entidade promoveu, em 17 anos de atuação, a inserção de uma parcela da juventude negra nos bancos escolares. Possibilitou ainda o ingresso de mais de mil estudantes no ensino superior.

Projetos
O Instituto Biko desenvolve vários projetos, como o que forma jovens em direitos humanos na luta contra o racismo. Desenvolvido em parceria com o Ministério da Justiça, este projeto fortalece a luta contra a discriminação racial na Bahia por meio de atividades com jovens afro-baianos com idade entre 16 e 21 anos.

O projeto Estação Digital dinamiza o aprendizado da tecnologia digital em grupos tradicionalmente excluídos, possibilitando cursos de informática de baixo custo, cujo projeto político-pedagógico é a inclusão social. Desenvolve também o Cidadania e Consciência Negra, o Biko Agiliza (programa de formação de jovens para o primeiro emprego), o Projeto Outras Palavras (curso de inglês com três anos de duração), o Oguntec (programa de fomento à ciência e à tecnologia), o Projeto Mentes e Portas Abertas (promove a entrada de jovens negros universitários em carreiras no setor público e no terceiro setor para que eles possam ser lideranças mais efetivas).

Steve Bantu Biko foi, na década de 1960, um conhecido ativista do movimento anti-apartheid na África do Sul. Nasceu em 18 de dezembro de 1946 e morreu em 12 de setembro de 1977.