A plenária foi aberta com um vídeo em homenagem ao geógrafo, articulista e cientista social baiano, Milton Santos. Um dos primeiros teóricos a usar o termo globalização, é de Milton Santos o conceito de território como espaço de identidade cultural, que serviu de base para a construção dos territórios metropolitanos.
A Região Metropolitana de Salvador aderiu ao movimento que já existe em várias regiões do mundo. No Brasil, a idéia de território de identidade surgiu com o presidente Lula em 2003, relacionados inicialmente à agricultura familiar. Hoje envolve os mais diferentes segmentos, presente nas mais diversas regiões do país. O objetivo principal é discutir políticas públicas e questões comuns às regiões, auxiliando, cobrando e debatendo com as diferentes instâncias de poder, municipal, estadual e federal.
"É um espaço de criação de novas relações entre a sociedade civil e o poder público, mas também de construção de uma identidade cultural e política, onde se debate demandas e necessidades", explica Elsio Nunes Santana, um dos membros da Comissão Organizadora TMS, que durante um ano e meio vinha lutando para formar o Território Metropolitano de Salvador. Para ele, o momento é um marco histórico para as lutas sociais na Bahia. "Este foi o último território a ser formado no Estado, construir um colegiado tão diverso foi um desafio", conta Elisio Guedes.
Anfitriã da solenidade, a prefeita Moema Gramacho dividiu com a platéia a satisfação de ter visto, ontem em Brasília, o presidente Lula ser aplaudido por mais de 3 mil pessoas durante a Marcha dos Prefeitos. "Lula e o Governo Federal conseguiram não só termos políticas públicas, mas fazer com que elas sejam implementadas à luz das prioridades do povo", disse.
A prefeita destacou a importância do TMS para a região, usando como exemplo a poluição ambiental e transportes. "O Rio Joanes passa por vários municípios e não é uma prefeitura isolada que vai resolver o problema da poluição", disse Moema, explicando que só o trabalho integrado regional pode dar resultado. A prefeita vê no Território Metropolitano de Salvador a possibilidade de integrar as várias administrações de forma suprapartidária.
"É a oportunidade das políticas públicas não virem de cima para baixo, mas de serem construídas na base para serem vitoriosas".