Para Alan Sanches, a Independência da Bahia tem grande valor simbólico como o momento histórico em que a população se uniu, deixando de lado suas diferenças, "para lutar em busca de uma independência verdadeira, mesmo que para isso tivesse que deixar na rua, a sua vida. Foi isso o que o povo baiano mostrou que é capaz de construir no Brasil, quando deixou de lado todas as diferenças", disse, arrancando aplausos do público presente.
União
Utilizando a "lição das ruas", o presidente idealizou a união dos agentes políticos com o objetivo de bem atender a sociedade, que sofre com o tratamento "imperfeito" dado aos serviços básicos como saúde e educação: "Eu peço que todos os partidos se unam em busca de soluções que traduzam a importância de termos sido escolhidos através da maior demonstração do nosso já alcançado direito à liberdade: o voto.
Que nós sejamos capazes de esquecer, como a história do 2 de julho provou ser possível, todas as nossas diferenças partidárias e pessoais, colocando em primeiro e único lugar as enormes necessidades sociais da nossa cidade", pregoou.
Para tanto, Sanches enfatizou a necessidade de uma aproximação da ação empenhada pelos poderes públicos com os anseios populares. "Se eu, junto com meus colegas vereadores, for capaz de fazer da Câmara um lugar a ser partilhado com o povo e não devassado por ele, creio que esta Presidência e o esforço que estamos fazendo para dar a cada ação, a clareza necessária, terá valido completamente a pena", afirmou.
Valores
O presidente Alan Sanches destacou também a necessidade para que os políticos observem a valores e motivações fundamentais para a função que exercem: "E estas gerações passadas deixaram uma mensagem muito clara pra nós - principalmente agora, diante de tantas crises no cenário político do Brasil, que a idoneidade do homem público virou tema de discussões e não um pressuposto: a única possibilidade de exercício de liberdade que existe, é aquela capaz de ser vivida com verdade, sem medo de admitir seus medos. Sei que a coragem que vem aí das ruas certamente vai me motivar a enfrentar e modificar hábitos freqüentes e infelizmente antigos no trato com a coisa pública".
Estiveram presentes no palanque da Câmara o governador Jaques Wagner (PT), o vice-prefeito Edvaldo Brito (PTB), o presidente da Assembléia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (sem partido), além da quase totalidade dos vereadores da Câmara Municipal, os suplentes e ex-vereadores. Logo após o discurso, o cortejo seguiu em direção ao Campo Grande, onde Jaques Wagner, Edvaldo Brito e Marcelo Nilo hastearam as bandeiras do Brasil, da Bahia e de Salvador. Na solenidade, o Hino Nacional e o Hino ao 2 de Julho foram executados pela orquestra formada pelas bandas da Marinha, Aeronáutica, Exercito e Colégio da Polícia Militar.