Salvador

FOGO DESTRÓI CENTRO DE SAÚDE PROFESSOR JOSÉ MARIA DE MAGALHÃES NETO

vide
| 19/06/2009 às 13:28

 Um incêndio iniciado nas primeiras horas da manhã de hoje (19) destruiu, parcialmente, as instalações do CAS - Centro de Atenção à Saúde Prof. José Maria de Magalhães Netto, na Avenida ACM. O atendimento aos usuários dos diversos serviços que funcionam na unidade está suspenso provisoriamente e, a partir da segunda-feira, dia 29 deste mês, serão prestadas informações mais detalhadas pelo telefone 3115-8341, que ficará disponível somente para esta finalidade. Por enquanto, não há previsão de normalização do atendimento nas dependências do prédio.

 

Pacientes ou familiares de usuários receberam orientações e, em alguns casos, até receitas médicas de forma improvisada, na rampa de acesso à entrada principal. Quatro médicas e uma nutricionista do Cedeba - Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia - montaram um grupo de recepção aos usuários. Funcionários do Creasi (Centro de Referência de Atenção à Saúde do Idoso) e do Cepred (Centro Estadual de Prevenção e Reabilitação de Deficiências) também orientavam os usuários dos serviços, prestando as informações possíveis.

 

No prédio ainda funcionam os setores de Vigilância Sanitária e Epidemiológica, a 1ª Diretoria Regional de Saúde (Dires), órgãos da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), e a Junta Médica do Estado da Bahia e o Planserv - Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Estaduais, órgãos da Secretaria da Administração do Estado da Bahia. Os órgãos do CAS, inclusive os Centros de Referência, funcionam em horário administrativo, das 7 às 18 horas. Portanto, nenhum paciente ou usuário dos serviços se encontravam no prédio por ocasião do incêndio.

 

Fogo foi percebido no Creasi

 

A fumaça que saía das janelas externas do Creasi, primeiro sinal de fogo, foi avistada pouco depois das 5h30 da manhã por três funcionárias do Cedeba, as senhoras Lúcia, Clarice e Cláudia, que chegam mais cedo para proceder à abertura do prédio. Imediatamente, avisaram aos vigilantes e ao coordenador administrativo, Basílio Dorzé. O Corpo de Bombeiros foi acionado e, cerca de 15 minutos depois, duas viaturas chegaram ao local. Outros dois carros também foram enviados ao local. O fogo foi debelado "com alguma dificuldade", como informou o soldado Marlon. Segundo ele, pouco antes das 9 horas já não havia mais focos no local.

 

Algumas áreas foram mais afetadas, como as salas de fisioterapia e de observação do Creasi, e salas administrativas do Cepred. A divisória e o teto de PVC da sala de fisioterapia do Creasi desabaram, e, segundo os soldados do Corpo de Bombeiros, há risco de desabamento de outras partes do forro. Algumas áreas não foram diretamente afetadas, a exemplo da 1ª Dires, Planserv, Vigilância Sanitária e Epidemiológica, mas um quadro geral da situação só poderá ser fornecido após o relatório do Corpo de Bombeiros e o resultado da perícia a ser efetuada pela Polícia Técnica.

 

As diretoras do Cepred e do Creasi, Normélia Quinto e Mônica Frank, acompanharam tudo de perto e lamentaram muito o ocorrido. "É a nossa casa", disse Normélia, emocionada. "Não pudemos ainda saber o que perdemos, ou o que conseguimos salvar. Nem podemos passar receitas, se algum paciente precisar, porque nosso receituário ficou lá. Estamos desoladas, é um momento de luto para servidores e pacientes", complementou Mônica.

 

A Superintendência de Assistência Farmacêutica da Sesab foi comunicada e enviou ao CAS estruturas de isolamento térmico para transporte dos medicamentos estocados nos Centros de Referência. "Como não são medicamentos emergenciais, e não põem em risco a vida dos pacientes, temos como montar uma estratégia", observou a diretora do Creasi. Além de medicamentos, aparelhos como órteses e próteses são mantidos no Cepred, para serem distribuídos aos pacientes. Não se sabe ainda o que foi perdido ou salvo.

 

"Tranquilidade é a coisa mais necessária nesse momento. Não há o que fazer agora. Estamos tomando todas as providências para minimizar o impacto causado aos usuários de nossos serviços. Não sabemos nem as causas nem a extensão dos danos, que serão verificados pela perícia do Corpo de Bombeiros e da Polícia Técnica. Vamos aguardar o parecer dos peritos", disse o diretor de Gestão da Rede Própria da Sesab, Renan Araújo, falando coletivamente a usuários e servidores. O subsecretário de Saúde e diretor Geral em exercício da Sesab, Amauri Teixeira, também esteve no local, para apurar a extensão dos estragos.