Salvador

"NOTÁVEIS" DO RIO VERMELHO MUDAM A HISTÓRIA DA CIDADE DO SALVADOR

vide
| 18/06/2009 às 12:06
Dizer que o bairro do Rio Vermelho tem 500 anos é desrespeito a história de Salvador
Foto: Arnaldo de Jesus
  Segundo release liberado pela assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Salvvador "os cinco séculos de história do Rio Vermelho, bairro descoberto em 1509 por Diogo Álvares Corrêa (Caramuru), 27 anos antes do surgimento da Vila do Pereira, primeiro povoado português na região da Baía de Todos os Santos, e 40 anos antes da fundação de Salvador, foram lembrados em sessão especial requerida e dirigida pelo vereador Pedro Godinho (PMDB)".


  "Pela primeira vez a Câmara abre as suas portas para receber ilustres moradores, ex-moradores e amigos do Rio Vermelho, bairro histórico e muito querido por nós", destacou o vereador em seu discurso. Continuou lembrando a chegada de Caramuru à Pedra da Concha, na Enseada da Mariquita, ponto de partida para a miscigenação brasileira.


  Ligado ao bairro há mais de 20 anos, antes de ocupar uma cadeira na Câmara, o vereador Pedro Godinho falou também das belezas do Rio Vermelho, visto como antigo aldeamento dos índios tupinambás, balneário de veraneios e reduto de artistas. "Hoje o Rio Vermelho desfruta o status de ser o bairro mais boêmio de Salvador", assegurou.


  Bênção


  Presente na mesa de trabalho, o padre Ângelo Magno Lopes, presidente do Conselho Paroquial do Rio Vermelho, emblematizou a sessão, ao dar-lhe um contexto cristão, quando benzeu com água benta os presentes.


  A historiadora Consuelo Pondé de Sena, presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, ressaltou a importância do bairro e dos seus ilustres personagens. O presidente da Central das Entidades do Rio Vermelho, Clóvis Bezerril, destacou as ações do vereador Pedro Godinho para se criar o Memorial Caramuru e o dia comemorativo ao personagem que é considerado o patriarca da Bahia.


  Uma análise histórica do bairro foi feita pelo presidente do Conselho de Cultura e Turismo do Rio Vermelho, Ubaldo Porto. Ele destacou pontos que marcaram os 500 anos do Rio Vermelho, desde a chegada de Caramuru até os dias atuais. 

Também participaram da sessão comemorativa o ex-vereador de Salvador, Ignácio Gomes; o presidente da Associação Comercial da Bahia, Eduardo Castro; o diretor da Academia dos Imortais do Rio Vermelho; Roberto Menezes; o presidente da Associação Cultural Caballeros de Santiago, Santiago Campo; e o diretor da Associação Comunitária Caramuru, Antonio Viana.   

COMENTÁRIO
DO BAHIA JÁ

 A história de Diogo Alvares não tem nada com o bairro do Rio Veremelho.
 Esse europeu, até hoje sem identificação de sua origem, foi posto pelos franceses na Bahia por volta de 1509/1510, e se instalou no altiplano da Barra/Graça, onde ergeu uma capela, por volta de 1529.

 Segundo o historiador Cid Texeira, a capela teria sido erguida na área da antiga casa de Clemente Mariani e depois na Graça onde se encontra o mosteirindo beneditino.

  Impossível o bairro do Rio Vermelho ter 5 séculos porque ele só surgiu com expansão da cidade, no século XIX. Sua fundação não tem nada com Diogo Álvares.

  Quando ao personagem Caramuru trata-se de uma lenda criada por um frei agostiniano. E só.