Os acusados vinham sendo investigados, há cinco meses, pelo Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública com apoio logístico do Comando de Operações Especiais (COE) responsável pelas prisões. A operação batizada de Nêmesis (referência a deusa grega da ética), foi deflagrada a partir de denúncia encaminhada à SSP, no final do ano passado.
A empresa vencedora da licitação fraudulenta das viaturas foi a paulista Júlio Simões. O valor inicial do contrato assinado em fevereiro de 2008 foi de R$ 25.819,97, sendo aditivado, posteriormente mais R$ 6.454.994,25, perfazendo o total de R$ 32.274.971,25. Quem intermediava todo esquema era o baiano Gracílio Junqueira Santos, que também foi preso hoje, recebendo propina de R$ 21 mil.
Segundo o secretário de Segurança Pública, César Nunes, Gracílio é suspeito de estar intermediando, há muito tempo, esquema de corrupção dentro da instituição militar. Ele também é acusado de participar de outras licitações fraudulentas como a do fardamento da corporação.
Além de Gracílio e os três coronéis da PM, foram presos também, o tenente Antônio Durval Senna Junior, o procurador de justiça André Thadeu Franco Bahia, Aidano da Silva Portugal, Aline Cerqueira de Castro, Jocélia Fernandes Oliveira, Sidnei Couto de Jesus e os representantes do grupo Júlio Simões, William Laviola e Jaime Palaia Sica.
Os oficiais prestaram depoimentos e foram encaminhados ao comando da Polícia Militar, os civis ficaram presos na SSP. Todos respondem pelos crimes de corrupção e formação de quadrilha.