sexta-feira, 23 de maio de 2025
Além dos medicamentos, os agentes encontraram no local uma lista com nomes de médicos de vários estados e o número de seus respectivos cadastros em Conselhos Regionais de Medicina e outra lista com nomes e números de CPFs de clientes de todo o Brasil.
"Não vamos divulgar nenhum nome por enquanto, porque não sabemos se são apenas vítimas ou têm alguma participação no golpe", informou delegada Patrícia Gandini, da Delegacia de Narcóticos de Teixeira de Freitas.
Produtos ilegais
Segundo a polícia local, o apartamento onde Luiz Humberto foi preso funcionava como uma espécie de "central de operações" e de lá ele coordenava a comercialização ilegal dos produtos, guardava documentos, equipamentos e também estocava as mercadorias. Há dois meses a Polícia Civil investigava a atuação do acusado no esquema, e durante esse período, conseguiu apreender centenas de remédios contrabandeados. "Acreditamos que boa parte dos remédios é proveniente do Paraguai.
Um inquérito policial já havia sido aberto e suspeitávamos dele", disse Gandini.
De acordo com o Coordenador da 8ª Coorpin, delegado Nélis Araújo, Luiz Humberto realizava as vendas dos remédios pela internet e por telefone. Para entregas em Teixeira de Freitas a mercadoria era transportada por motoboys, e, para fora da cidade, utilizava o serviço de Sedex dos Correios.
"Acreditamos que ele seja apenas a ponta do ‘iceberg' de uma grande rede de venda ilegal de medicamentos, com conexão com médicos e hospitais de outros Estados. Ele pode ser o 'chefão', que coordenaria vários 'contrabandistas", explicou o delegado.
Indiciado por tráfico de drogas, falsidade ideológica, receptação qualificada e contrabando, Luiz disse que só prestará depoimento em juízo. Ele está detido na carceragem da 8ª Coorpin e deve ser transferido para o Conjunto Penal de Teixeira de Freitas (CPTF), na próxima terça-feira. As investigações continuam com vistas à captura de outros envolvidos no esquema.
