Depois de 10 anos acompanhando sistematicamente, através de auditorias, as contas do metrô baiano e apontando irregularidades desde a origem do projeto, que data de 1999, o TCU adota a sua mais dura medida às vésperas da entrega da primeira etapa que já tem 97% das obras concluídas.
"É uma pena, pois estamos há um mês de entregar a obra pronta para eletrificação dos trilhos e o início dos testes com os três trens que chegaram da Coréia no mês passado", disse Dantas.
Os problemas do metrô se arrastam desde a sua concepção. Naquela época não foram reservados limites orçamentários e contrapartidas normais para o projeto que conta com recursos da União e do Banco Mundial.
ATITUDES
DO PASSADO
O prefeito João Henrique se mostrou indignado: "Mais uma vez, a cidade sofre as conseqüências de atitudes irresponsáveis do passado. Vamos lutar para viabilizar o nosso metrô, um equipamento importantíssimo para a cidade e para a população", comentou JH, que vai mobilizar a bancada federal da Bahia incluindo os três senadores baianos.
"Temos que encontrar uma solução. Precisamos construir um final feliz para esta novela chamada metrô", disse o prefeito.
O cronograma de implantação das obras sofreu diversos adiamentos. A previsão de conclusão do sistema metroviário da capital baiana era abril de 2003 e os 40 meses estimados para execução se transformaram em 107.