Segundo Góes, o novo fundo substituiu o antigo Fundo de Previdência dos Servidores do Estado da Bahia (Funprev), criado em janeiro de 1998. A situação do Funprev era insolvente. Os rendimentos financeiros do fundo tornaram-se insuficientes para o pagamento dos benefícios, o que gerou a descapitalização. Esta situação culminou com a exaustão dos recursos já em outubro de 2001. Ainda assim, lembra o chefe de gabinete, este fundo estará em atividade até que o último beneficiário esteja aposentado.
MUDANÇAS
NA
GESTÃO
A mudança na gestão no Regime Próprio de Previdência do Estado da Bahia, de acordo com Edelvino Góes, foi pontuada pela necessidade de centralização das ações para o melhor controle dos recursos. Na antiga gestão, os recursos dos ativos eram administrados pela Saeb e o dos inativos pela Secretaria da Fazenda.
Em janeiro de 2008 a Saeb criou a Superintendência de Previdência no sentido de centralizar estas ações. "Além de ter sido uma necessidade de ordem administrativa, esta mudança foi fruto da adequação da nossa gestão previdenciária à Legislação Federal", explicou Edelvino Góes.
O gestor esclareceu que caso estas medidas não tivessem sido tomadas, a Bahia corria o risco de perder a Certidão de Regularidade Previdenciária. As novas regras da Reforma da Previdência do Governo Federal, instituída pela Emenda Constitucional no 41, determinavam o funcionamento unificado das previdências estaduais.
Diante deste cenário, Edelvino Góes lembra que foi necessário encetar ações para organizar e dinamizar a Previdência dos Servidores do Estado da Bahia. "Nosso trabalho passou a ser definido em cinco pilares: sustentabilidade, eficiência administrativa, controle dos recursos públicos, transparência das ações e atendimento aos beneficiários", pontuou o chefe de gabinete.
A mudança já revela os primeiros resultados. O controle dos custos tem blindado o sistema. O principal objetivo é a construção de uma cultura de eficiência e controle gerencial no sistema público estadual, visando a preservação dos Fundos - FUNPREV e BAPREV - através da identificação de óbitos ou outras situações jurídicas que impeçam a continuidade do pagamento indevido do benefício.
Mas não só. As ações de recadastramento também objetivam a atualização da base de dados necessária aos estudos e projeções atuariais para selar a segurança da Previdência do Estado. Vale registrar que este trabalho já possibilitou, ao longo deste ano, a retenção de recursos na ordem de R$ 1,4 milhão, valor que seria pago indevidamente.
Dados referentes ao mês de outubro último indicam que a Superintendência de Previdência possui cerca de 89,3 mil beneficiários e uma folha de pagamento mensal da ordem de R$ 173,3 milhões. O Estado possui 70.631 inativos, cuja folha de pagamento é da ordem de R$ 143.781.472; Já os pensionistas contabilizam 18.679, a folha representa R$ 29.579.924.