O clima de desespero vivido por mais de 600 prestadores de serviços
temporários (PSTs) em Feira de Santana, dispensados sem nenhum aviso
prévio das escolas da rede estadual de ensino em que se encontravam
lotados, foi alvo das críticas do deputado Tarcízio Pimenta, prefeito
eleito de Feira, na sessão plenária de hoje à tarde, 10, na Assembléia
Legislativa.

Lembrando que esta forma de contratação fora bastante criticado pelos
então oposicionistas que hoje ocupam o governo do Estado, Tarcízio
Pimenta disse que, embora não querendo politizar o assunto, os PSTs
são uma réplica mal articulada do antigo Reda (Regime especial de
direito administrativo).

De acordo com Tarcízio os PSTs têm trazido problemas para as pessoas
que receberam o emprego, " talvez uma articulação política para
transformar estes empregos em votos", disse, ao revelar que desde a
sua implantação, já foram demitidos mais de mil contratados por este
sistema, em Feira de Santana.

O prefeito eleito alega que, em conseqüência, está havendo uma queda
brusca na qualidade dos serviços ofertados pelas escolas da rede
estadual no Município: " As escolas estão numa situação calamitosa,
porque não há merendeiras nem vigilantes, e isto cria um desconforto
para a comunidade escolar e para a sociedade como um todo".

Tarcízio Pimenta defende que o governador Jaques Wagner faça uma
reavaliação imediata na sua politica de contratação, " pois nem os
representantes do PT, no Município, estão entendendo este tipo de
comportamento", pontuou.

USO DA MÁQUINA PÚBLICA

O deputado Gildásio Penedo (DEM), líder da bancada de oposição na
Casa, ao secundar Tarcízio Pimenta em sua fala foi enfático: " Embora
o deputado Tarcízio não queira politizar este assunto, a verdade é que
os contratos através dos PSTs foram feitos para interferir no processo
político-eleitoral de Feira de Santana, e esta é uma posição clara do
governo do PT, que se utilizou escancaradamente da máquina pública,
nestas eleições