Salvador

AGENTES DE TRÂNSITO DEPÕEM NO MP SOBRE PROVÁVEIS DESMANDOS NA SET

Vide
| 27/08/2008 às 12:11

Nesta quarta-feira (27), às 14h, ao contrário do atual superintendente da SET, coronel Adelson Guimarães, os sindicalistas da Associação dos Servidores de Transporte e Trânsito do Município (ASTRAM) depõem espontaneamente no Ministério Público.
 
Os agentes de trânsito da Superintendência de Engenharia de Tráfego serão recebidos pela promotora Rita Tourinho, que além do depoimento dos sindicalistas ainda vai receber uma série de documentos dos dirigentes da ASTRAM sobre novas e prováveis irregularidades promovidas pelo coronel Adelson Guimarães na autarquia municipal.

Os sindicalistas iniciaram no dia 29 de julho um movimento grevista em prol da exoneração do coronel Adelson Guimarães, e denunciaram o processo de para-militarização, a comprovada indústria de multas e a irregularidade dos veículos da frota da SET.


TRANSPARÊNCIA
NOS RECURSOS

Após a nota oficial publicada pelo prefeito João Henrique na imprensa local, os agentes de trânsito em greve vão exigir do órgão municipal a transparência no uso dos recursos arrecadados pela SET no trânsito de Salvador. Para a ASTRAM, não basta ao cidadão acompanhar a que "contas d´água" anda os processos de multa, mas como o dinheiro arrecadado pela SET é investido no trânsito da capital baiana.

A exigência da ASTRAM na transparência da aplicação dos recursos tem relação com as novas denúncias que serão apresentadas hoje à tarde no Ministério Público. Segundo a ASTRAM, o coronel Adelson Guimarães precisa esclarecer a população como ocorreu a licitação das lombadas eletrônicas e qual foi o valor do aluguel por 12 meses desses novos caça níqueis que a SET vai colocar nas ruas.


A empresa que "ganhou" o pregão eletrônico é a Eliseu Koop e Cia Ltda. Trata-se da mesma empresa que forneceu o superfaturado painel eletrônico da Câmara de Vereadores.

No período, o presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Valdenor Cardoso, o presidente da Comissão de Licitação da Casa Legislativa, Antônio Fernando Saldanha Barroso, e a empresa Eliseu Koop & Cia Ltda. Foram acusados de direcionamento e superfaturamento na aquisição do painel eletrônico de votação comprado pela Câmara pelo valor de R$ 327 mil no ano de 2005.
 
A acusação foi apresentada à Justiça em uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa ajuizada pelas promotoras de Justiça Heliete Viana e Rita Tourinho, que integram o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa (Gepam) do Ministério Público estadual.