O bloco do deputado federal ACM Neto, Democratas, organizou uma estratégia com um slogan pautado numa vitória no 1º turno. Assim, seu bloco cantou o mesmo refrão da Lapinha a Sé, intitulado "é no primeiro turno", "é no primeiro turno". E, se deu bem. Porque, entre alguns apupos direcionados pelo pessoal da "esquerda" e os aplausos e abraços, levou a melhor nos aplausos e abraços.

   O democrata testou e teve a popularidade aprovada ao lado do presidente estadual do partido, o ex-governador Paulo Souto, e do presidente do PR na Bahia, o senador César Borges. O líder do governo na AL, deputado Gildásio Penedo, confessou ao BJá, no Boqueirão, que "vai ser mesmo no primeiro turno porque nunca ví nada igual".

  No início do percurso, na Lapinha, o democrata recebeu o abraço de um dos adversários da campanha eleitoral deste ano, o ex-prefeito Antonio Imbassahy (PSDB).

A comitiva do Democratas e dos partidos aliados (PR, PRB, PTN, PTC, PSDC, PRP e PTdoB) não levou faixas ou bandeiras para o desfile, a exemplo de outras legendas adversárias. "Respeitamos a legislação eleitoral, que só liberou o início da campanha a partir do final de semana", disse ACM Neto.

  O democrata agradeceu o carinho da população e voltou a defender uma campanha eleitoral propositiva e sem brigas. "Não quero brigar com ninguém. Acredito que estamos no caminho certo, e as pesquisas estão mostrando isso. Mas temos os pés no chão e sabemos que a campanha será difícil e disputada. Vou falar apenas de propostas. Não ligo pra o fato de ter sido eleito o alvo principal de todos os demais concorrentes. Acredito que isso seja sinal de que os meus adversários sabem da força da minha candidatura", declarou.

  ACM Neto afirmou que, se for eleito, vai procurar o diálogo institucional com o governador Jaques Wagner (PT) e o presidente Lula (PT). "Uma coisa é ser de um partido de oposição, como eu sou. Outra é ser governante de uma cidade como Salvador. Como governante, a minha maior preocupação será com o povo desta cidade, e vou buscar parcerias com os governos federal e estadual porque terei projetos para isso. Acredito que nem o governador e nem o presidente irão virar as costas para Salvador", disse.

  "Como líder do Democratas na Câmara Federal, tenho uma relação boa com os deputados do governo e voto com o Planalto tudo que é bom para o país. Como oposição, prego o diálogo. Como prefeito, pregarei ainda mais, porque não caberá a mim deixar que posições ideológicas pesem mais do que os interesses da população", acrescentou.