Salvador

TRABALHADORES DA MACROSEL NÃO RECEBEM RESCISÕES DEVIDO BUROCRACIA

Veja reclamação do Sindilimp
| 28/06/2008 às 16:24
O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza do Estado da Bahia (Sindilimp-BA) denunciou que cerca de 1.700 trabalhadores da Macrosel Serviços de Limpeza e Gestão Empresarial Ltda. estão sem receber as parcelas rescisórias desde março e enfrentam graves problemas pessoais e financeiros.

A Justiça do Trabalho já determinou o bloqueio das faturas que o Estado da Bahia deveria pagar à empresa e espera que a quantia devida seja depositada em juízo para realizar o pagamento dos funcionários. Segundo Luiz Carlos Suíca, coordenador do Departamento Jurídico do Sindilimp-BA, "a burocracia do Estado está emperrando a quitação do valor devido em relação aos 40% do FGTS e o aviso prévio devido. Esperamos que o governo do Estado atue com mais rapidez, pois o desespero é muito grande entre os trabalhadores, em especial aos que foram demitidos".

O sindicalista destacou também que a empresa Alternativa Serviços e Empreendimentos Ltda. que sucedeu a Macrosel também está prejudicando os trabalhadores que foram absorvidos. "Ela não faz o desconto para a Aslimp (Associação dos Trabalhadores em Limpeza) que presta assistência médica aos funcionários e, sendo assim, eles estão sem atendimento médico inclusive para os familiares. Um absurdo que merece ser combatido. Se o Estado não oferece uma saúde pública adequada e um plano de saúde fica impossível para os assalariados de nossa categoria a opção que tivemos foi a criação da Aslimp e agora a Alternativa retira de seus funcionários esta conquista", disse Suíca.

DESESPERADOS

"Recebemos diariamente ex-funcionários da Macrosel desesperados, pois muitos estão ameaçados de despejo, outros não têm nem mesmo alimentos para oferecer à família e alguns podem até mesmo ser presos por falta de pagamento de pensão alimentícia. São muitos e graves problemas sociais causados por uma empresa desonesta como a Macrosel e agora pela máquina do governo do Estado que não anda na velocidade que a sociedade exige", afirmou o sindicalista.

Luiz Carlos Suíca alertou os ex-funcionários da Macrosel a respeito de "mentiras que estão sendo divulgadas talvez pelo desespero, desinformação ou até má-fé de alguns. Dizem, que o dinheiro está com o Sindilimp-BA, o que não é verdade. O dinheiro está bloqueado e cabe ao governo do Estado a sua liberação para a Justiça do Trabalho. Quando isso for feito o pagamento será efetuado. Quem mais quer resolver este grave problema é o Sindilimp-BA. Repito que esperamos do governo do Estado rapidez, pois quem está desesperado não pode e não consegue esperar", finalizou.