O coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Administração Escolar da Educação Superior, Cláudio Eduardo dos Santos, utilizou a tribuna popular para criticar as atitudes do reitor da Universidade Católica do Salvador (Ucsal), José Carlos Almeida Silva, na sessão desta segunda, 9, na Câmara Municipal.

   Segundo o coordenador, divergências políticas estão provocando perseguições por parte do reitor que não quer o sindicato implantado dentro da universidade.
    
   "Não podemos fechar os olhos para o que está acontecendo. O reitor quer reduzir drasticamente e de forma autoritária o salário dos professores em 25%. Sou funcionário daquela instituição há muito tempo e vi os seus bons tempos", declarou o coordenador.
    
    Em abril de 2008, foram demitidos oito funcionários da universidade, quatro deles ligados ao sindicato. De acordo com Cláudio, uma funcionária da instituição que iria depor contra o reitor e estava sendo ameaçada, morreu do coração por causa da pressão que foi exercida pela universidade, na tentativa de impedir o depoimento.
    
    Para o vereador Virgílio Pacheco (PPS) é necessário o envolvimento do Ministério Público Estadual e do Ministério Público Federal. " O que nós constatamos é uma situação caótica. Temos feito de forma reiterada denúncias contra a administração da UCSAL. Não podemos cruzar os braços diante dessa situação", afirmou.
    
    A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) acha que, se colocando no papel de uma instituição filantrópica, a universidade tem algumas restrições em relação às outras instituições privadas de ensino e, por isso, "tem que ser exemplo de lisura e transparência". Para a comunista, os desmandos que vêm acontecendo na administração da UCSAL têm que ser investigados. (Repórter - Marivaldo Filho)