Salvador

VEREADOR DIZ QUE PREFEITO DE SALVADOR É PERVERSO C/ CRIANÇAS CARENTES

Téo Senna é vereador da oposição
| 09/05/2008 às 17:07
   Em pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal - inspirado em artigo do medium espírita José Medrado, publicado no jornal A Tarde -, o vereador Téo Senna critiou o "descaso" da prefeitura, que não dá o apoio necessário para as entidades que cuidam das crianças e adolescentes abandonados de Salvador. Critico também o prefeito João Henrique pelos gastos feitos em publicidade e propaganda, medida para disfarçar os verdadeiros problemas da cidade.


  De quem é a responsabilidade? Do Estado. Essa é a resposta imediata para todas as questões sociais mal resolvidas. Mas não é assim que deve pensar o prefeito que diz que "Está acontecendo". O reflexo de uma administração de faz-de-conta, de mentiras e gastos indecentes com campanhas publicitárias, de valores desconhecidos, para mostrar aos cidadãos de Salvador, uma cidade maquiada, uma capital de mentira.

Na Constituição Federal consta que proteger e orientar nossas crianças é uma obrigação da família, da sociedade e do Estado. Quando a família falha e a sociedade se omite, só resta ao Estado fazer o seu papel e resguardar os direitos constitucionais dessas crianças.


  O Estatuto da Criança e do Adolescente, por sua vez, define que essa proteção é atributo de uma série de obrigações à União, Estados e Municípios. Então voltamos para a responsabilidade constitucional dos Municípios. É uma vergonha, por exemplo, o que o prefeito de Salvador está fazendo com os abrigos, ou melhor, o que ele não faz, que é repassar para essas instituições os recursos obrigatórios por lei. A LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social) obriga que esse repasse aconteça, mas isso "não está acontecendo".


  As crianças que estão alojadas nos abrigos da cidade são mais que uma prova real dos nossos fracassos diários na distribuição da equidade. Existe, além disso, algo mais. A má distribuição dos recursos, e as dificuldades vivenciadas por essas instituições, são reflexos da perversidade do poder público municipal. Quem é o culpado? O Executivo, o prefeito João Henrique, que desatento ao clamor da sociedade, preocupa-se mais em criar factóides, mentiras, que povoam o imaginário daqueles que desconhecem a verdadeira situação da nossa cidade.