De acordo com os autos do processo, Francimar e Bode foram considerados autores intelectuais do homicídio, enquanto que Nêgo Lata e Fernandinho Beira Rio, os executores do delito.
FINANCIADOR
As investigações revelaram que Francimar era o financiador do grupo, e Bode o responsável pela negociação direta com os outros integrantes da quadrilha. Para o promotor de Justiça, "a apuração revelou que os denunciados formavam um perigoso grupo de extermínio que tinha por objetivo eliminar pequenos delinqüentes, mas acabou constituindo-se num bando que matava diversos pais de família de forma desenfreada".
Rildo Mendes de Carvalho ressalta que cerca de duzentas pessoas foram vitimadas, "o que evidencia a hediondez das condutas praticadas pelo grupo". Bode e Nêgo Lata cumprem pena de 26 e 18 anos, respectivamente, por crimes de homicídio, e Fernandinho Beira Rio está preso no presídio de Petrolina.
O promotor de Justiça salienta que outros crimes foram cometidos pelo grupo como seqüestros, roubo de cargas e tráfico de drogas, "de modo que impera a lei do silêncio, sendo que as vítimas e familiares nada querem falar em juízo, pois sentem-se amedrontadas". No último dia 24, Francimar foi interrogado e deve ficar preso para garantir a conveniência da instrução criminal e restabelecer a ordem pública, uma vez prejudicada com o acusado solto até o final do processo.