Salvador

MARIA RITA PONTES, DA OSID, VAI RECEBER TÍTULO DE CIDADÃ DE SALVADOR

Indicação do vereador Antonio LIma
| 18/04/2008 às 21:18

  Há 11 anos atendendo pedido expresso de Irmã Dulce, determinado em testamento, a jornalista Maria Rita Pontes deixou as funções profissionais que exercia no Rio de Janeiro, onde nasceu, para assumir a direção das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), criadas pela própria Irmã Dulce - que morreu no dia 13 de março de 1992 - em Salvador.

Maria Rita tem a responsabilidade de administrar a maior instituição filantrópica do Brasil, com aproximadamente 3 mil profissionais que atuam em 15 núcleos que prestam assistência à população de baixa renda nas áreas de Saúde, Assistência Social e Educação, dedicando-se ainda à Pesquisa Científica, Ensino Médico e preservação e difusão da história de Irmã Dulce.


Desde 1992, o vereador Antonio Lima (DEM) acompanha a trajetória de Maria Rita. E, por considerar que "seguindo o exemplo de Irmã Dulce, Maria Rita realiza um trabalho extraordinário, com competência, seriedade e dedicação integral às Obras", Antonio Lima apresentou projeto de resolução sugerindo a concessão do Título de Cidadã de Salvador à jornalista. O projeto foi aprovado por unanimidade pelos 41 vereadores que compõem a Câmara de Vereadores de Salvador.


A homenageada escolheu a data de 27 de maio para receber o título, semana em que a OSID comemora o aniversário de nascimento de Irmã Dulce, que completaria 94 anos (ela nasceu em Salvador, no dia 26 de maio de 1914) em sessão solene a ser realizada no Plenário Cosme de Farias.


"Esta homenagem da Câmara Municipal de Salvador, que já me concedeu a Medalha Maria Quitéria, me sensibiliza muito. Mas devo lembrar que a continuidade e o crescimento da OSID, que em 2009 completará meio século de existência, se dá graças à dedicação de milhares e milhares de pessoas, entre colaboradores, voluntários, devotos de Irmã Dulce, que estão comigo nesta caminhada que é árdua mas gratificante", afirma a homenageada.

 

Atuação e luta

 

Maria Rita lembra que sua atuação - e de todos aqueles que colaboram com a Instituição - está calcada numa única premissa: manter vivos os valores disseminados por Irmã Dulce, que passou a maior parte de sua vida a lutar, obstinadamente, para que os doentes e mendigos, jovens ou adultos que viviam pelas ruas de Salvador, tivessem uma vida digna.


"Nosso grande legado foi o que Irmã Dulce nos deixou: uma fantástica história de vida dedicada ao próximo. Por isso, passados dezesseis de sua morte, Irmã Dulce permanece como um símbolo da fé, da caridade e da ação voltada para os pobres. Este é o nosso maior patrimônio" relata Maria Rita.


Além de administrar as Obras Sociais Irmã Dulce, Maria Rita é diretora da Associação Comercial da Bahia, vice-presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Filantrópicos da Bahia, conselheira da Fundação HEMOBA e conselheira do Conselho Estadual de Saúde da Bahia.


Em 1983, quando ainda morava no Rio de Janeiro e sequer imaginava deixar o jornalismo e se mudar para a Bahia, Maria Rita escreveu o livro "Irmã Dulce dos Pobres", contando fatos marcantes da vida e obra do "Anjo Bom do Brasil", em 211 páginas - 171 de texto e 40 de fotos.


"Esta menina é uma guerreira", enfatiza o vereador Antonio Lima. "Ela merece todas as nossas homenagens porque deixou de lado uma vitoriosa carreira de jornalista, os amigos e familiares que ficaram no Rio de Janeiro, para assumir uma função das mais difíceis, a de levar adiante a maravilhosa obra de Irmã Dulce. Com muita determinação e, repito, muita competência, e com as bênçãos divinas, Maria Rita manteve as portas da OSID abertas e, mais do que isso, abriu novas portas, para abrigar os jovens que buscam educação, os que têm fome, os doentes, os pobres e os abandonados pela família que de outra forma estariam perambulando pelas ruas de nossa cidade e morrendo sem nenhum tipo de assistência", completa