O restaurante Bargaço na Boca do Rio, em Salvador, funcionou normalmente nesta quarta-feira, 16, mesmo com o assassinato do seu proprietário, o empresário pernambucano Leonel Rocha, 63 anos. Segundo um dos garçons do restaurante, esta foi uma norma estabelecida por Leonel e foi seguida à risca por seus filhos.
 
  O corpo de Leonel ainda se encontra no Instituto Médico Legal do Distrito Federal.

Segundo informações da Polícia Militar, Leonel e o motorista particular foram abordados por outro veículo. Depois de pedir que estacionassem, um passageiro de um segundo carro desceu e disparou pelo menos duas vezes contra o empresário, que estava no banco da frente.

   A Seção de Investigação de Crimes Violentos (SIC-VIO), da 11ª Delegacia de Polícia Civil, do Núcleo Bandeirante (DF), cidade próxima a Brasília onde ocorreu o homicídio, está investigando o caso. O delegado-chefe da 11ª DP, Bartolomeu Araújo, evitou dar mais detalhes para não atrapalhar as investigações.

  A esposa de Leonel, que está hospedada em um hotel em Brasília, e Genival Lima, sócio de Rocha no Bargaço de Brasília (Pontão Sul e Rua dos Restaurantes), informaram por intermédio de assessores que não iriam se pronunciar.
 
   Rocha chegou a Salvador onde começou a montar sua rede no início dos anos 1970, com destaque para os típicos pratos frutos do mar baianos. Segundo o amigo do empresário, Claudelino Miranda, ele trabalhou como garçom em diversos restaurantes da cidade antes de montar seu próprio negócio. O nome originalmente imaginado era Bar do Garçom, mas ganhou sua marca graças ao descuido do pintor da placa.

  O templo da culinária baiana começou com apenas cinco mesas, emprestadas por um amigo. A paixão e a dedicação de Leonel pela gastronomia transformaram o local num dos restaurantes mais prestigiados da capital baiana. Hoje, além de Salvador, a rede Bargaço tem unidades em Brasília, São Paulo, Recife, Fortaleza e João Pessoa.