Salvador

SECRETÁRIO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO RECONHECE QUE SAÚDE VAI MAL

Aconteceu na Câmara de Vereadores
| 07/04/2008 às 23:05

   Funcionários Programa Saúde da Família (PSF), aproveitaram o Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, para manifestar indignação por causa da situação da classe em Salvador. Primeiramente na Praça Municipal e depois do Plenário da Câmara, os manifestantes queriam ser ouvidos pelos vereadores e, principalmente, pelo secretário municipal da saúde, Carlos Trindade, que em seu discurso assumiu a gravidade dos problemas, na sessão desta segunda-feira.

        
    A esperada fala do secretário municipal com as respostas para as reivindicações dos trabalhadores só aconteceu no apagar das luzes. Ele reconheceu os problemas da saúde da capital e pediu um prazo até 23 de abril para a regularização dos salários.

  
    "A nossa saúde vai mal. As dificuldades só podem ser enfrentadas se elas forem reconhecidas. Não existe omelete sem quebrar os ovos. É difícil romper esse modelo. Os interesses comerciais sobrepuseram os interesses da população soteropolitana", argumentou Trindade.

  
    Sobre o risco de uma epidemia de dengue, segundo o secretário, o corpo de bombeiros ajudará no combate à doença contribuindo com 170 homens que atuarão nos bairros com mais casos da doença em Salvador: Itapuã, Boca do Rio, Cabula/Beirú e Cajazeiras.


    A presidente do Sindsaúde, Tereza Deiró, acha que a população é a que mais se prejudica com a situação e culpa os erros passados do prefeito João Henrique pelas dificuldades que estão sendo enfrentadas atualmente.


      "Se os trabalhadores estão sofrendo com os problemas a situação para a população está pior ainda. João Henrique não teve pulso suficiente para acabar com o processo de terceirização no início da sua gestão", afirmou Tereza.


     Enquanto os discursos dos representantes dos funcionários da saúde eram proferidos, os trabalhadores gritavam e esperneavam para serem ouvidos, chegando em várias ocasiões a interromper a sessão.


     Além das condições precárias de infra-estrutura para o desenvolvimento digno de suas profissões e uma resposta urgente para o atraso dos salários, os trabalhadores exigiam a rápida realização de um concurso público. "Reda não! Reda não!", gritavam os funcionários contrários ao Regime de Direito Administratrativo. (Repórter - Marivaldo Filho)