Após um acordo entre a direção dos Sindicato dos Policiais Civis e do Sindicato dos Peritos Criminalísticos com a Secretaria de Administração do Estado foi suspensa a greve dos policiais civis da Bahia, visando a tentativa de um reajuste mais adequado à categoria àquele que foi aprovado ontem, na Assembléia Legislativa.

  Segundo o presidente do Sindicato dos Peritos Criminalísticos, José Luis da Paixão, a proposta é dar uma trégua ao governo, sentar na mesa de negociação e encontrar um denominador comum para a crise. O sindicalista diz que ficou surpreso com a atitude do governo Wagner, o qual, adotou uma postura idêntica aos governos do PFL, na medida em que entrou na Justiça contra a categoria, antes de acenar para uma negociação.

  Situa, ainda, que o sentimento da categoria também está relacionado com o comportamento dos deputados estaduais (e federais), antes de oposição e hoje na situação, os quais, não se manifestaram em defesa da categoria, salvo raras exceções. Há a sensação no movimento sindical de que todos os governos são parecidos ou adotam uma mesma filosofia para os trabalhadores estatais.

   Nos bastidores do sindicalismo da Polícia Civil há, ainda, o entendimento de que a greve foi vitoriosa na medida em que o governo verificou a importância de funcionamento da Polícia Civil, de sua estrutura funcional, e serviu também de alerta para que o governo se apresente mais moderado e com diálogo. 

  Outro detalhe: os sindicalistas vão dar um prazo curto ao governo para resolver o impasse e não se sujeitar a uma nova rodada de negociações na Mesa Setorial e na Mesa Central orientada pela Fetrab, a longo prazo. Querem resolver o problema já.