Salvador

PM ANUNCIA "ESTADO DE GREVE" E VAI AGUARDAR VOTAÇÃO DE QUARTA NA AL

Com informações da Agecom
| 31/03/2008 às 22:52
   Enquanto o governo do Estado afirma que com o anúncio da ilegalidade da greve dos policiais, por meio de liminar do juiz João Batista Alcântara, um número de agentes de delegacias retornou ao trabalho na capital e no interior, em assembléia realizada na tarde desta segunda-feira, 31, os militares da PM, por meio de representantes de associações, anunciaram o estado de greve.


  O estado de greve indica a intenção da categoria de paralisar suas atividades, o que pode ocorrer, nesta quarta-feira quando deverá ser votado na Assembléia Legislativa, o reajuste de 4,46% nos salários dos servidores públicos e outros índices diferenciados para professores, área da Justiça e outros.
 

  Os PMs prometeram deflagrar a greve, caso tal projeto seja aprovado pelos deputados. Na manhã desta terça, eles ainda vão tentar uma nova negociação com o governo, na intenção de evitar que ocorra o mesmo caos que tomou conta do Estado em 2001, quando houve a última greve geral das polícias.


  A exemplo dos policiais civis, os militares reivindicam o mesmo reajuste, de 9,21%, concedido pelo governo federal ao salário mínimo, além da reintegração dos colegas demitidos em meio ao movimento grevista de sete anos atrás.


  INFORMAÇÕES
  OFICIAIS

  Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, estão funcionando normalmente, a Polinter, as delegacias do idoso, de homicídios, levantamentos cadavéricos e expedição de guias para exames de lesões corporais.


  O delegado Wilson Gomes, titular da 16ªC.P, informou que todos os 30 agentes lotados na unidade trabalharam normalmente, em esquema de revezamento, desde a última sexta-feira (28), primeiro dia de paralisação dos policiais. Ainda segundo ele, um flagrante de furto foi lavrado durante o fim de semana.


  No Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador, estão sendo executados as solicitações de exames, enviadas pelas delegacias, referentes a crimes contra a vida, levantamentos cadavéricos e necropsias.


Comandante-geral
descarta greve na PM


O comandante-geral da PM, coronel Jorge Santana descartou que a corporação esteja em greve. "Não existe aquartelamento nem na capital e nem no interior. O que estão ocorrendo são reuniões de esclarecimentos junto aos praças e oficiais para melhor situar o policial dos benefícios recebidos até agora com a política salarial do governo, porque há informações desencontradas, maliciosamente plantadas na corporação por vendedores do caos, para levar a PM a um estado de insatisfação. Em nossa atividade, paralisar é cometer um crime."


Além disso, o coronel Santana disse que foi intensificado o policiamento ostensivo nas ruas para evitar a ocorrência de crimes