Autuados em flagrante pelo delegado Adalgílson Campos Sobral, da Corregedoria da Polícia Civil, por concussão (extorsão praticada por servidor público) e formação de quadrilha, ficarão custodiados na Correpol, à exceção do PM Egídio, encaminhado para o Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas.
No final da tarde, o secretário da Segurança Pública, César Nunes, e o delegado-chefe, Joselito Bispo da Silva, participaram - na sede da Correpol, na Chapada do Rio Vermelho - ao lado do corregedor da Polícia Civil, Jorge Monteiro, e do coordenador do Centro de Operações Especiais, Jardel Peres, de uma coletiva à imprensa, esclarecendo o caso, inclusive com a distribuição de uma mídia com áudio e vídeo de uma conversa telefônica dos policiais com o empresário extorquido.
Josemário e Eduardo Jorge são lotados na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), Antônio Gonçalves na 18ª Delegacia (Camaçari) e Valter Santana no Gesip (Grupo Especial de Suporte a Inquéritos Policiais).
Segundo informou o corregedor Jorge Monteiro, o material, amontoado no depósito da empresa, estava sendo removido com a utilização de um caminhão, diante da recusa do empresário José Roberto em pagar R$70 mil aos policiais. ‘Eles ameaçavam prendê-lo, alegando que a carga de "ferro velho" era constituída de peças de veículos roubadas", ressaltou.
Denunciados à Secretaria da Segurança Pública, os cinco policiais foram presos, no início da tarde, por agentes do Centro de Operações Especiais da Polícia Civil (COE) e policiais militares, com o apoio da Superintendência de Inteligência da SSP, ao tentarem receber os R$ 50 mil "cobrados" do empresário. "Como José Roberto Batista não compareceu ao encontro, eles resolveram remover o ferro-velho, sendo presos em flagrante", explicou o corregedor.