"Vou esclarecer toda a verdade. Vou mostrar. Vou provar. Eu amo todos vocês", disse ela, ao embarcar no início da tarde para o Rio de Janeiro, de onde ainda neste sábado vai para Vitória.
Segundo o delegado-chefe da Polícia Federal em Cumbica, Marco Antônio Lino, ao desembarcar em São Paulo nesta manhã, Andreia preencheu a ficha de deportação - trâmite obrigatório aos brasileiros deportados - e deixou o aeroporto por um terminal doméstico, despistando a imprensa que a aguardava na área do desembarque internacional.
A saída de Andreia por um terminal doméstico foi um pedido da própria brasileira e, segundo a PF, foi concedido para evitar confusão devido ao grande número de jornalistas no aeroporto.
No mesmo vôo de Andreia, estava o ex-jogador de futebol Pelé que desembarcou em São Paulo. A saída de Pelé pelo desembarque internacional do terminal dois de Cumbica provocou tumulto entre os repórteres.
Dois homens que disseram ser seus amigos aguardavam a chegada da brasileira em Cumbica. Eles afirmaram estar no aeroporto a pedido da mãe de Andreia, que mora no Espírito Santo. Horas depois, por volta das 13h30, Andreia reapereceu no aeroporto, onde embarcou para o Rio de Janeiro.
Por cerca de um mês, ela permaneceu em um presídio onde ficam estrangeiros que aguardam a deportação. Nos Estados Unidos, ela cumpriu a pena de um ano e meio de prisão por tráfico de drogas e por comandar uma rede de prostituição.
Andréia seria uma informante do FBI na investigação que levou à queda do ex-governador de Nova York, acusado de usar regularmente serviços de prostitutas.
A deportação da brasileira estava prevista para acontecer na semana passada, mas foi adiada. Na ocasião, o departamento de imigração dos EUA informou que o adiamento é um procedimento normal e confirmou que promotores interrogaram Andreia no dia 14 de março.