Salvador

TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL QUEREM 14% DE REAJUSTE E PÁRAM OBRAS

Manifestações estão acontecendo em vários pontos de Salvador
| 25/02/2008 às 11:40
Kombi com marca da CUT faz piquete em obra na Padre Torrand, Federação (Foto/BJ)
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  Os operários da construção civil paralisaram suas atividades nesta segunda-feira, 25, em Salvador. Vários kombis com marcas da CUT sairam de obra em obra verificando quem estava funcionando e os sindicalistas determinaram greve imediata. Em alguns prédios, como aconteceu na Rua Padre Torrand, na Federação, chegou a haver discussões entre sindicatlistas e o mestre-da-obra, mas a obra parou.

   Várias manifestações simultâneas aconteceram na cidade com passeatas e piquetes em algumas obras e parou tudo, inclusive prejudicando o trânsito em áreas da cidade. Os sindicalistas dizem que, embora a indústria da construção civil esteja em alta, os problemas com os trabalhadores continuam os mesmos, com o pagamento de baixos salários, negligência em aspectos da segurança, falta de assistência médica e outros.
 
   Os manifestantes realizam passeatas pela cidade e se encontraram na Praça do Campo Grande, no final da manhã, de  onde  partirão, juntos, para o Largo de São Bento. Entre as exigências estão: reajuste salarial de 14% e cesta básica.


   O ponto mais forte da manifestação é a Avenida Luís Viana Filho (Paralela), próximo a Faculdade Jorge Amado, onde os profissionais chegaram a ocupar a via, deixando o trânsito lento no sentido Iguatemi. De acordo com a Superintendência de Engenharia de Tráfego (SET), a categoria está concentrada em outros quatro pontos: Brotas, Parque da Cidade, Campo Grande, e Rótula do Abacaxi. Nos locais citados os manifestantes ocupam calçadas e marginais, não prejudicando o trânsito.
 
   GANÂNCIA DOS
   EMPREITEIROS

   Para o trabalhador Rogério Santos que atua numa obra na Barra, apartamente de 4 quartos em frente ao Clube Espanhol, o problema é que com a construção civil em alta ou em baixa "nós sempre é que pagamos o pato".

   Um sindicalista que gritava palavras de ordem em frente a essa mesma obra dizia que os resjustes salarias da construção civil já deveriam ter ocorrido em janeiro último, o preço da venda do metro quadrado dobrou entre 2007/2008 enquanto o salário dos trabalhadores está sem reajusta, paralisado. 

   "A ganância dessa gente é demais" dizia ele no microfone.