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No alto da praia do Rio Vermelho, beirando a pista, nas imediações do monumento ancestral do Mestre Didi, ainda restam várias estacas plantadas desde antes do carnaval e que serviram para estender uma imensa rede de pesca sobre a avenida, uma decoração para os festejos a Iemanjá, sábado de carnaval. Alguém vai tirar aquela zorra de lá?
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"O povo pediu e a prefeitura cumpriu - A demolição do Clube Português" . Diz a placa,
imensa e iluminada, diante da pista para que todos vejam e não esqueçam: foi João quem derrubou. Nunca tinha visto placa eleitoreira de demolição, inovação marqueteira:
ou levanta ou derruba.
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Sumiram ( roubadas? arrebentadas?) várias daquelas toras de amarrar jegue que a Conder colocou sobre os passeios da orla, no trecho entre os entulhos do Português e o Jardim dos Namorados. As toras serviam também como assento para os incautos, os que curtem olhar o mar sentados na madeira.
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Perguntar nunca ofende: Afinal, o que vão fazer da velha Fonte Nova ? E como andam as obras de recuperação e ampliação do "estádio" de Pituaçu? Alguém sabe?
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As pequenas lagoas que enfeitavam o canteiro central da Av Paralela tornaram-se um lamaçal. Quase não tem mais água e o lixo se acumula nas margens. Falta de chuva, de cuidados, intervenção humana danosa e poluição.
Por falar em água, os mananciais estão secando, já se fala em racionamento. Enquanto isso, canos estouram pelas ruas vazando água, dias e dias, num desperdício de doer. Não há manutenção adequada. Não existe uma campanha, tampouco fiscalização, para que se evitem os "gatos", o desperdício caseiro, o pinga-pinga das torneiras, as descargas que vazam direto nos sanitários de bares e restaurantes da cidade, nada.
Somos uma civilização do desperdício. Água é vida. E a Natureza não perdoa os malefícios que fazemos contra ela. É hora, urgente, de todos - sobretudo os poderes públicos - cuidarem das nascentes, dos rios, dos córregos, dos canos, das torneiras ... senão... breve, muito breve, vamos ter gente morrendo de sede, agora nas cidades.